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Aberto do Brasil bate recorde de público, mas sofre com falta de assentos e cambistas

Ginásio do Ibirapuera recebeu lotação máxima no sábado do Aberto do Brasil - William Lucas/inovafoto
Ginásio do Ibirapuera recebeu lotação máxima no sábado do Aberto do Brasil Imagem: William Lucas/inovafoto

Rafael Krieger

Do UOL, em São Paulo

17/02/2013 06h00

Nos portões do ginásio do Ibirapuera, a organização do Aberto do Brasil colocou placas avisando que a lotação máxima é de 9.300 pessoas. Mas esse número não tem sido suficiente para acomodar o público que bateu recorde de procura por ingressos no torneio. Até os cambistas, que novamente agem com liberdade, estavam mais preocupados em comprar do que vender ingressos.

Mesmo com a presença de viaturas da Guarda Civil Metropolitana, eles abordavam todos os que chegavam por volta das 16 horas ao ginásio. "Na bilheteria não tem mais", avisavam alguns. Apesar do preço  de R$ 100 para a arquibancada superior e R$ 200 para os lugares mais próximos à quadra, o público encarou o calor de 32 graus e ajudou a organização a bater recorde de vendas.

Segundo a organização divulgou neste domingo, 57.465 pessoas passaram pelo complexo do Ibirapuera durante sete dias de evento, com média de aproximadamente 8.200 espectadores por dia. O recorde do ano passado era de 45.700. O problema é que muitos espectadores não estão usufruindo o preço pago.

Curiosamente, os torcedores que pagaram mais caro pelo ingresso são os que mais estão tendo problemas. Como não há marcação de lugares, as cadeiras inferiores estão sendo disputadas a tapa. Quem chega tarde é obrigado a assistir aos jogos em pé ou sentado nas escadas.

Nas semifinais de sábado, quem foi ao ginásio só para ver Nadal no segundo jogo se deu mal. Ao tentar entrar na área das cadeiras inferiores, os torcedores mais atrasados foram barrados pelos seguranças, que alegavam não haver mais assentos disponíveis.

Muitos conseguiam entrar após comprar briga e, apesar da recomendação de não ocuparem as escadas, acomodavam-se ali mesmo. Não foi raro ouvir gente perguntando a localização de seu assento, sem saber que, na verdade, quem chegasse primeiro ganhava o lugar.

Nem a área reservada à imprensa escapou da invasão do público. A superlotação fez com que o árbitro de cadeira interrompesse o jogo mais de uma vez, pedindo para um ou outro se sentar. Acontece que nem sempre era possível. Em menor escala, o problema se repetiu na arquibancada superior, e até os "pontos cegos" atrás das equipes de TV foram ocupados.

A organização afirmou que foram vendidos todos os 9.300 ingressos para sábado, e que os seguranças impediram a ocupação dos assentos reservados à imprensa. Lembrou ainda que os ingressos não são numerados: há apenas a diferença entre os anéis superior e inferior, o mais caro.

Para este domingo, o preço da arquibancada inferior é de R$ 300, e as cadeiras superiores custam R$ 150. A ação no ginásio do Ibirapuera começa às 11 horas, com a final de duplas entre Bruno Soares/Alexander Peya e Frantisek Cermak/Michal Mertinak. A decisão entre Nadal e Nalbandian não começa antes das 13 horas.