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Nadal tenta superar frustração com joelho para encerrar jejum de oito meses sem título

Nadal mostrou abatimento após perder set na semifinal: joelho preocupa e condições atrapalham - Wagner Carmo/inovafoto
Nadal mostrou abatimento após perder set na semifinal: joelho preocupa e condições atrapalham Imagem: Wagner Carmo/inovafoto

Rafael Krieger

Do UOL, em São Paulo

17/02/2013 06h00

O ginásio do Ibirapuera terá às 13 horas deste domingo um clássico do tênis mundial entre Rafael Nadal e o argentino David Nalbandian, velhos rivais do circuito. Mais do que isso, a final do Aberto do Brasil pode representar um marco na recuperação do espanhol, que poderá conquistar seu primeiro título após seis meses. Ele não levanta um troféu desde Roland Garros, em maio do ano passado.

Depois de conquistar o hepta em Paris, Nadal amargou eliminações precoces em Halle e em Wimbledon, e em seguida entrou em um período de afastamento que durou sete meses e terminou na semana passada, com o vice em Viña del Mar. O joelho esquerdo, no entanto, ainda incomoda, e é motivo de frustração para o espanhol às vésperas de mais uma decisão.

"A recuperação está demorando mais do que eu gostaria. Passamos por situações complicadas, mas tenho confiança na minha equipe em mim mesmo. Temos que seguir trabalhado, e vamos precisar também de um pouquinho de sorte para que o joelho se recupere bem", admitiu Nadal após sentir dores no joelho na vitória por 2 a 1 sobre o argentino Martin Alund na semifinal.

Adversário de Nadal na decisão, Nalbandian avisou que está se sentindo bem fisicamente, enquanto o espanhol vem de dois jogos seguidos em três sets. Mesmo diante do atual número 93 do ranking, o ex-número 1 rejeitou qualquer favoritismo: "Eu estou pronto, mas não sei se meu joelho está preparado".

Além do físico, outro fator que deixou Nadal pessimista diante dos jornalistas foi a condição de jogo no saibro coberto do Ibirapuera. Para o espanhol, a velocidade da quadra favorece o estilo do seu adversário, que o derrotou em quadra rápida na única final já disputada entre os dois, há seis anos.

"As condições são as que são e não é o momento de se queixar. Estou em processo de recuperação, preciso competir essa e a gira é a mais adequada para mim. Aqui estou", comentou Nadal, que classificou a quadra de São Paulo como a mais rápida do circuito.

"Não é normal. É mais rápida do que qualquer outro torneio do circuito. É mais rápida que a do Aberto dos Estados Unidos e da Austrália, até pela altitude", avaliou Nadal, que já havia reclamado também da rapidez da bola e deixou claro que não consegue controlar direito seus golpes nas condições do torneio.

Por outro lado, o título mostraria que Nadal está em bom caminho na recuperação, já que as condições são adversas ao seu estilo. Para buscar o 51o troféu de sua carreira, ele tem contado com o apoio do pai Sebastian nas tribunas. Depois do Aberto do Brasil, ele vai passar uns dias com a família em Cozumel, no México, antes de partir para  o ATP de Acapulco, onde espera encontrar um saibro mais "normal" que o de São Paulo.