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Organização do Aberto do Brasil cogita falsificação de ingressos após falta de assentos

Torcedores no ginásio do Ibirapuera para ver Nadal: muitos viram jogos sentados nas escadas - Marcelo Ferrelli/inovafoto
Torcedores no ginásio do Ibirapuera para ver Nadal: muitos viram jogos sentados nas escadas Imagem: Marcelo Ferrelli/inovafoto

Rafael Krieger

Do UOL, em São Paulo

17/02/2013 17h28

Depois das confusões na arquibancada inferior do Aberto do Brasil, com espectadores sentados nas escadas devido à falta de assentos, a organização do torneio negou ter vendido mais ingressos do que a capacidade máxima de 9.300 pessoas no ginásio do Ibirapuera, mas admitiu que pode ter havido falsificação de entradas.

“Temos a informação de que pode ter acontecido falsificação de ingressos, mas ainda não posso confirmar. Vamos avaliar o que aconteceu ainda nesta semana. Oque posso dizer é que não vendemos mais ingressos do que a capacidade do ginásio”, afirmou Roberto Burigo, gerente de competições da Koch Tavares, empresa que organiza o Aberto do Brasil. 

Burigo avisou que a organização vai avaliar todas as críticas, tanto do público quanto dos tenistas, para melhorar o evento na edição do ano que vem. Os jogadores reclamaram bastante das condições da quadra e da bola. 

"A empresa que faz a quadra é a mesma que já prestou serviços para a gente no ano passado, e tem bastante tempo e experiência no mercado. Desta vez, as quadras não ficaram a contento dos jogadores. Na próxima vez, vamos fazer com que as quadras sejam testadas antes do torneio", declarou Burigo. 

Quanto às bolas, ele disse que não houve um critério específico para a escolha, mas admitiu que não são as mesmas do Aberto do Brasil do ano passado: "Elas são aprovadas pela ITF (Federação Internacional de Tênis). O importante é que elas cumpram as regras e as exigências, o que foi feito". 

Segundo Burigo, "tudo é possível" em relação às melhorias que serão avaliadas na semana seguinte ao torneio. Para evitar o problema do "overbooking" nas arquibancadas, ele confirmou a possibilidade de usar ingressos com lugares marcados na próxima edição. 

"Apesar das críticas, no geral, o público saiu satisfeito, porque teve a oportunidade de ver Rafael Nadal por um preço barato, e até convidativo em relação a outras opções de entretenimento em São Paulo. O resultado final foi positivo", analisou o organizador.