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Queda de público e ressurgimento de Haas marcam reta final de Miami

Tommy Haas volta a figurar no seleto grupo dos 15 melhores jogadores do mundo - Clive Brunskill/Getty Images/AFP
Tommy Haas volta a figurar no seleto grupo dos 15 melhores jogadores do mundo Imagem: Clive Brunskill/Getty Images/AFP

Do UOL, em São Paulo

30/03/2013 06h02

Tommy Haas não conquistará o título do Masters 1000 de Miami e foi para casa mais cedo nas semifinais, mas foi quem roubou a cena na Flórida. O torneio que está em sua fase final foi marcado pelo ressurgimento do alemão e pela queda de público diante das ausências das estrelas Rafael Nadal e Roger Federer.

Veterano de 34 anos, Tommy Haas voltará a ser top 15 do mundo após cinco anos. Depois de ficar abaixo da posição 140 do ranking e disputar o qualiying de Roland Garros no ano passado, Haas conseguiu um retorno triunfal em Miami e subirá do 18º para o 14º lugar no ranking.

O tenista atraiu todos os olhares do público quando venceu o favorito e cabeça de chave 1, Novak Djokovic, em uma bela apresentação.  Em seguida, passou pelo francês Gilles Simon por 2 sets a 0, garantindo uma vaga na semifinal. Na fase seguinte, até venceu o primeiro set, mas acabou perdendo de virada para o também ‘trintão’ David Ferrer.

“Passamos dos 30 e estamos jogando ainda, e bem. Por isso ganhamos o sobre nome de ‘Iron Man’ (homem de ferro), mas enquanto houver energia, estaremos aí”, disse Haas, após a derrota para o espanhol.

A campanha de Haas até a semifinal coroa uma série de bons resultados desde o segundo semestre do ano passado. Em 2012, ele chegou às quartas de final dos Masters 1000 de Xangai e do Canadá. Foi finalista do ATP 500 de Washington e Hamburgo, e ainda conquistou o título em Halle, no mês de junho.

O tenista, que chegou a ser top 2 em 2002, sofreu muito nos últimos anos com um longo histórico de lesões e foi obrigado a ficar afastado das quadras entre 2010 e 2011. Ele passou por cirurgias no ombro e no quadril, despencando no ranking.

Torneio esvaziado

Além do ressurgimento de Haas, o Masters de Miami ficará marcado pela queda de público, principalmente com as ausências dos tops Rafael Nadal e Roger Federer. O diretor do torneio Adam Barrett anunciou uma diminuição de 8% de pessoas nas arquibancadas.

“Neste ano, Rafa e Roger, infelizmente, não estão jogando, e isso definitivamente tem um efeito. Estou satisfeito porque o efeito é apenas de 8% a menos de público. Oque estamos tentando criar é uma experiência para que as pessoas vão a um evento para assistir a todos os jogadores, desfrutar de um dia de sol, um dia com bom tempo, um dia de comida, um dia de compras, um dia que começa às 10h e pode terminar às 23h. Que seja uma forma de entretenimento e que não dependa 100% de um único nome", disse, ao site norte-americano 10sBalls.