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Queda de Murray confirma 'maldição do top 4' em Madri e abre caminho para Nadal

Do UOL, em São Paulo

10/05/2013 20h01

O Masters 1000 de Madri derrubou as críticas de que o tênis se tornou um esporte chato porque os mesmos atletas sempre se revezam na disputa de títulos. A queda do britânico Andy Murray, nesta sexta-feira, confirmou a ‘maldição do top 4’ na competição e abriu caminho para o espanhol Rafael Nadal, o único entre os cinco melhores do mundo ainda com chances de títulos.

Número 3 do ranking mundial, Andy Murray foi o último do seleto grupo a ser eliminado. Ele não suportou o jogo firme do tcheco Tomas Berdych e caiu nas quartas de final com uma derrota sem muita resistência por 2 sets a 0.

Berdych teve mais trabalho no primeiro set e, mesmo abrindo uma quebra de vantagem, permitiu ao rival o empate, levando o jogo para o tie-break. No desempate, teve total domínio. O tcheco não relaxou na volta para a segunda parcial e quebrou o serviço logo no primeiro game. Murray não desistiu e empatou. Teve chances até de virar, mas desperdiçou break points e permitiu que o rival novamente quebrasse seu saque e vencesse com 6/4.

A zebra havia aparecido primeiro na Espanha para o melhor do mundo. Logo na estreia, o sérvio Novak Djokovic teve destino triste ao cair na estreia para o búlgaro Grigor Dimitrov. O namorado da musa Maria Sharapova superou uma lesão na coxa para vencer um jogo desgastante que durou mais de três horas.

Pouco depois, quem não resistiu à força de um azarão foi o segundo do mundo Roger Federer. O suíço foi surpreendido pelo japonês Kei Nishikori em três sets e deu adeus ao torneio de forma precoce nas oitavas de final.

Nesta sexta-feira, mais um top 4 deu adeus ao título. O espanhol David Ferrer se despediu de Madri com uma derrota, de virada, para Rafael Nadal em um jogo duro em três sets.

Enquanto os rivais lamentam, Rafael Nadal tem motivos de sobra para comemorar. Ele está nas semifinais – enfrentará Pablo Andujar - e tem caminho aberto para o título em casa sem seus principais adversários.

Nadal ainda está em fase final de recuperação de uma grave lesão no joelho esquerdo que o tirou do circuito por nove meses. E teve retorno triunfal, mesmo sem ter disputado o Masters 1000 de Miami por ainda não estar 100% fisicamente.

Nadal foi à final em Viña del Mar, Acapulco, Brasil Open, Barcelona, além dos Masters 1000 de Indian Wells e Monte Carlo. Só não foi campeão no Chile e no principado de Mônaco.

Agora, ele começa a ganhar forças para encostar nos grandes rivais no ranking. Se Djokovic, Federer e Murray ainda estão distantes – todos somam mais de 8 500 pontos -, Ferrer já está fortemente ameaçado.

Com C. Ronaldo na torcida, Nadal vira com direito a "pneu"

  • EFE/JuanJo Martín

    Na última quinta-feira, quando Rafael Nadal bateu Mikhail Youzhny e se garantiu nas quartas de final do Masters 1000 de Madri, teve que ouvir elogios da torcida feminina presente no complexo da capital espanhola: "Te queremos mais que a Cristiano Ronaldo." O astro português do Real deve ter ouvido falar dos gritos, porque resolveu comparecer ao duelo espanhol entre Nadal e David Ferrer nesta sexta-feira, e acabou vendo um belíssimo duelo, vencido pelo ex-número um do mundo em três sets, parciais de 4-6, 7-6(3) e 6-0.

Wawrinka surpreende Tsonga e vai às semis em jogo sofrido

  • AFP PHOTO/ JAVIER SORIANO

    O último semifinalista do Masters 1000 de Madri foi decidido em uma disputa apertada na noite desta sexta-feira. O suíço Stanislas Wawrinka se tornou mais uma das surpresas do torneio e se classificou às semifinais após vencer Jo-Wilfried Tsonga em um jogo apertado por 2 sets a 1, parciais de 6/2, 6/7 (9/11) e 6/4. Agora, ele vai enfrentar o tcheco Tomas Berdych.

    Wawrinka teve um início arrasador e conseguiu três quebras seguidas abrindo 5 a 0 no primeiro set. Tsonga até tentou uma recuperação e devolveu uma das quebras após confirmar o serviço pela primeira vez. Mas o suíço manteve a tranquilidade e fechou em um fácil 6/2.

    O segundo set foi bem diferente da primeira parcial com uma forte disputa entre os tenistas. Cada um conseguiu uma quebra de saque e o duelo foi parar no tie-break. Wawrinka teve o jogo nas mãos com três match points, mas cometeu erros e permitiu que Tsonga virasse, vencendo o desempate por um apertado 11 a 9.

    O equilíbrio se manteve no terceiro set. Os dois mantiveram seus games de saque iniciais, mas Wawrinka soube aproveitar os erros do adversário e obteve a primeira quebra ao abrir 3/2. A partir daí, ele conseguiu administrar o jogo e precisou apenas confirmar seus games de saque para avançar à fase seguinte.