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Nadal bate gigante, quebra tabu em Cincinnati e vence 26° Masters 1000

Do UOL, em São Paulo

18/08/2013 15h33

Dois jogadores entraram no Masters 1000 de Cincinnati, nos EUA, querendo recordes: o número um do mundo, Novak Djokovic, se tornaria o único tenista a vencer todos os torneio da segunda série mais importante do tênis caso levasse a taça; já Rafael Nadal poderia chegar ao recorde de títulos de Masters em apenas um temporada, igualando os cinco títulos do próprio Djokovic em 2011. Neste domingo, a glória acabou indo para o espanhol, que bateu o gigante americano John Isner (2,08 m) e conquistou seu 26° título da série na carreira - o primeiro em Cincinnati.

O triunfo veio em sets diretos: 2 a 0, parciais de 7-6(8) e 7-6(3). Nadal é o maior campeão de Masters 1000 da história: o título nos EUA fez o espanhol abrir 5 de vantagem para Roger Federer, que ganhou 21.

O título também fez Nadal voltar ao número dois no ranking da ATP, melhor posição desde que voltou de lesão no joelho no início deste ano. Em 2013, ele lidera a corrida para o Finals, após conquistar nove títulos, incluindo um Grand Slam - Roland Garros - e os cinco Masters: Cincinnati, Indian Wells, Madrid, Montreal e Roma.

Já Isner não pode reclamar do resultado: além de ter feito jogo duro com um dos melhores tenistas e todos os tempos, teve a oportunidade de disputar uma final de Masters 1000 em casa (apenas a segunda na careira, já que só havia jogado a decisão de Indian Wells, em 2012, quando perdeu para Federer), e subirá no ranking, voltando ao top 20, em 14°.

A decisão

John já havia enfrentado Nadal três vezes, e perdido todas. Desta vez, porém, contava com a torcida a seu favor, e vinha embalado por ter se tornado, em Cincinnati, o primeiro tenista a vencer três top 10 do mundo em seguida (Milos Raonic, Djokovic e Del Potro) desde 2006. 

No primeiro set, esse embalo o colocou no jogo. Forçando mais, ao seu estilo, levou o set até o tie-break, e foi o único a ter chance de quebra: quando Nadal sacava com 6-5 contra, Isner teve dois set-points, mas o espanhol salvou ambos. 

Isner teve 27 winners contra 12 de Nadal, porém teve 19 erros não-forçados, contra apenas oito do espanhol, mostrando o quanto arriscou mais o jogo. Só que nada disso fez diferença no tie-break. Na hora da decisão, a frieza de Nadal o fez aproveitar a terceira chance de fechar: 10 a 8 e set para o espanhol.

A derrota não abalou o americano, que continuou forçando o jogo no segundo set e novamente foi o único a ter chance de break-point durante o set - no sétimo game.

A partida estava tão igual que, até o empate em 6 a 6, até o aproveitamento de primeiro serviço era idêntico: 76% a 76%. Só que Nadal mostrou cedo no tie-break que, na hora da decisão, seria preciso algo a mais do americano: fez o primeiro mini-break logo no primeiro saque de Isner.

Logo depois, novo mini-break, para abrir 5 a 1. Não havia mais como Isner virar, independentemente da tentativa de apoio da torcida. Nadal fez 7 a 3, vibrou na quadra de Cincinnati, igualou a marca de Djokovic e levantou a taça pela 26ª vez em Masters 1000.