Federer destoa de Djoko e se recusa a 'proteger' sérvio suspenso por doping

Conhecido por defender publicamente um fortalecimento na luta contra o doping no tênis, ao ponto de reclamar de não ser testado com mais frequência, o suíço Roger Federer destoou de Novak Djokovic ao se recusar a "proteger" o tenista sérvio Viktor Troicki, suspenso por 18 meses em julho por se negar a fazer um exame no Masters de Montecarlo.

"Acho que sempre foi bem claro para os jogadores que precisamos prover as amostras para os exames, não importa como estamos nos sentindo", disse Federer nesta quinta-feira, pouco após a vitória por 6/4 e 6/3 sobre o francês Richard Gasquet, pelas Finais da ATP, em Londres.

Na terça-feira, Djokovic fizera um duro ataque às autoridades do tênis em defesa do compatriota e amigo Troicki, dizendo que os responsáveis pelo exame não explicaram de maneira clara ao tenista, de 27 anos, as consequências de sua negativa em fazer o teste naquele momento – alegando estar passando mal, Troicki fez o exame no dia seguinte, com resultado negativo.

Para Federer, porém, o resultado pode ser questionado por ter perdido o fator surpresa. “Não é mais um exame anti-doping se não você não dá a amostra quando solicitado e na presença das autoridades. Ali, não há como escapar’’, afirmou o suíço, atual número 7 do mundo.

Na terça-feira, Troicki obteve uma redução da pena para 12 meses, determinada pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).

No ano passado, durante as Finais da ATP, Federer pediu para que as estrelas do circuito profissional do tênis, inclusive ele, fossem alvo de mais testes antidoping como forma de enviar uma mensagem não apenas aos trapaceiros mas ao público e a mídia – na ocasião, o escândalo de doping do ciclista Lance Armstrong tinha acabado de ganhar contornos mais dramáticos com o fim de uma investigação das autoridades americanas.