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Palavrão, comilão, dor, choro: como foi o 3° dia de Aberto do Brasil

Do UOL, em São Paulo

27/02/2014 06h00

O 3° dia de Aberto do Brasil foi decepcionante para os tenistas da casa, já que todos os quatro que entraram em quadra foram eliminados. Mas a quarta-feira teve muito mais do que só derrotas: de palavrão ao comilão, história não faltou no ginásio do Ibirapuera.

ELIMINADO, ALMAGRO DEIXA SUA MARCA: UM SONORO PALAVRÃO

  • Durante sua derrota para Federico Delbonis em sua estreia em São Paulo, Nicolás Almagro, dono de três títulos no torneio, protagonizou cena de irritação: No terceiro set, na rede, o argentino bateu a bola na direção do peito de Almagro, que conseguiu se defender e, de alguma maneira, fez a bola passar para o outro lado, ganhando o ponto. Irritado com o adversário Almagro soltou um sonoro “hijo de p…” (de tradução óbvia).

O CHORO DO SEX SYMBOL

  • João Souza, o Feijão, foi eliminado na segunda rodada de simples, após abandonar o duelo com Albert Montañes por dores nas costas. Na hora de deixar o Ibirapuera, confessou que chegou no vestiário e chorou de soluçar. A emoção foi justificada pelo fato de estar indo bem no torneio e ter que sair por causa de uma lesão.

    Porém, ele também se descobriu um “sex symbol” no mundo do tênis. Antes da partida, ouviu gritos histéricos do público feminino presente a quadra central paulistana. Depois, seis mulheres ficaram lhe esperando na saída dos jogadores. Elas se nomeavam “Feijãozetes”.

BELLUCCI POP; HAAS COMILÃO

  • Os dois principais nomes restantes no torneio tiveram dias diferentes: Thomaz Bellucci não entrou em quadra, mas fez sessão de autógrafos bastante concorrida. O evento formou fila no Ibirapuera e mesmo após o horário combinado muitos ainda tentavam contato com o tenista. Após assinar muitas raquetes, camisas e bonés, tirou foto em grupo com todos que não conseguiram uma individual.

    Já Tommy Haas, número 12 do mundo, venceu sua estreia contra Potito Starace. Porém, o que falou fora de quadra foi mais interessante que o jogo, morno. O alemão revelou que está aproveitando a estadia em São Paulo para comer bem. Passou por famosa churrascaria paulistana, comeu sushi e nesta noite prometeu visitar mais uma churrascaria, agora de carnes uruguaias e argentinas.

Ginásio do Ibirapuera tem apagão e forte calor

A quadra central do Aberto do Brasil, assim como ocorreu na última semana, no Rio de Janeiro, viu um apagão atingir e atrasar uma partida de tenistas brasileiro. Nesta quarta, foi a vez de João Souza entrar atrasado na quadra, após um dos três geradores que abastecem o ginásio sofrer com superaquecimento e ter que ser desligado; a pane também forçou o desligamento do sistema de ventilação. O problema durou cerca de 10 minutos.

E o sistema de ventilação citado foi instalado para a rodada desta quarta. O objetivo era diminuir a sensação térmica em 5°C, já que quarta foi o primeiro dia do torneio em que São Paulo não teve chuvas, o que abafou o ginásio.

APESAR DE GOLPE À LA FEDERER, SOARES CAI

  • Bruno Soares e Alexander Peya acabaram decepcionando e caíram já na estreia do Aberto do Brasil. Eles perderam para a dupla formada por Guillermo Garcia-Lopez, da Espanha, e Philipp Oswald, da Áustria, em três sets, parciais de 3-6, 6-4 e 10-7.

    Apesar da derrota, o jogo foi marcado por um espetacular lance de Bruno Soares logo no 3° game do 1° set. Próximo à rede, ele rebateu a bola, sem deixar cair e passando a raquete por trás do corpo, lembrando famoso golpe de Roger Federer no Aberto dos EUA de 2006, contra Tim Henman. O lance, considerado um dos mais bonitos da carreira do suíço, só teve uma diferença: ele acertou o bate-pronto pelo meio das pernas.