Assim fica difícil vencer: técnico dá instruções e Belucci não entende 99%

Treinador de Thomaz Bellucci, o espanhol Francisco Clavet falou muito com o jogador na partida deste sábado. Principalmente até a metade do segundo set. Mas isso não significa que as palavras foram escutadas. Na coletiva, Bellucci admitiu que não entendeu 99% do que o técnico disse. Deu para compreender somente a essência que era ser mais sólido.

O italiano Paolo Lorenzi tem a obrigação de entrar na internet na noite deste sábado. Ele viajou sem o técnico e precisa falar com Claudio Galoppini por Skype para combinar qual a tática a ser usada amanhã contra Federico Delbonis, da Argentina. O tenista surpreendeu a todos, inclusive a ele mesmo, no Aberto do Brasil. Nunca havia passados das quartas de finais e agora disputa a primeira final da carreira aos 32 anos. Lorenzi estava contente porque o Brasil é um dos países preferidos para jogar. Como está na final, o italiano, que é estuda Medicina, terá menos tempo para ios livros. Tudo bem, enquanto a profissão for tenista não há pressa em se formar. Ele calcula que no ritmo atual vai levar uns 15 para conseguir o canudo, fala rindo.

Ginásio lotado neste sábado e temperatura quente nas arquibandas. Menos para Rafael Lescher, 17 anos, que deu uma sorte danada comprou cadeira bem na frente dos enormes ventiladores instalados pela organização do Aberto do Brasil. Não tinha do que reclamar, mas admitiu que foi pura sorte porque nem tinha como prever a coincidência ao escolher o lugar que é marcado.

Mesmo com a derrota nas semifinais do Aberto do Brasil, o púbico correu para a saída dos jogadores para esperar Thomaz Bellucci. Logo depois da partida havia 101 pessoas, ce crianças a idosos, apoiadas na grade que separa o espaço dos atletas da torcida.
Alexandre Dalviason, 34 anos, era um deles. “O Bellucci foi muito guerreiro e a derrota não apaga tudo que fez em quadra”. Ele lembrou que o adversário tem ranking melhor que o do brasileiro (61º do mundo) e falou que se chegou a semifinal é porque tem qualidade.

Terminado o jogo, os colombianos Juan Sebastian Cabal e Robert Farah continuaram quadra principal para treinar voleios. Mas precisaram de muitos reflexos porque parte da iluminação foi apagada e eles praticaram a meia-luz.

Thomaz Bellucci contou com total e irrestrito apoio da torcida que compareceu em bom número ao ginásio do Ibirapuera. Houve muito aplausos a cada ponto decisivo para o brasilero. O atleta disse que aprendeu a atuar envolvendo mais o público e agradeceu o apoio. “Torcida viu que deixei meu máximo em quadra”. Mesmo com a derrota, o tenista saiu sob palmas. Já para o argentino Federico Delbonis sobraram vaias, mas ele conseguiu lidar bem isso, falou após a partida.