Crise motiva ucraniano, que faz 1ª semifinal de Masters 1000 na carreira

No Aberto do Rio, em fevereiro, Alexandr Dolgopolov perdeu a final para Rafael Nadal. Porém, em seu discurso de vice, fez questão de lembrar da crise em seu país, a Ucrânia, e pedir paz. Esta ainda não veio mas, aparentemente, dar alegria aos seus conterrâneos virou uma motivação para Dolgopolov, que fará em Indian Wells sua primeira semifinal na carreira em um Masters 1000.

Ele venceu na última quinta-feira o canadense Milos Raonic, que havia eliminado Andy Murray. Antes de Raonic, ele já havia surpreendido e batido Rafael Nadal, na "revanche" da final no Rio. E não parece querer parar por aí. Nem que seja para que a Ucrânia possa ter do que se orgulhar nesse momento.

"Eu não sou o presidente. Eu não sou político. Sou apenas um jogador de tênis. Não posso fazer muito mais do que isso”, declarou, durante entrevista coletiva após o triunfo de quinta.

As palavras lembram as ditas após o vice no Brasil: "Tivemos sérios problemas (na Ucrânia) e tenho esperança de que haverá paz por lá como havia quando saí, há alguns meses. Espero que tudo fique bem e que as pessoas vivam felizes."

Para chegar à decisão e levantar a taça para seu país, Dolgopolov terá que ser a zebra novamente: na semifinal, no próximo sábado, ele encara Roger Federer. Ambos só fizeram um partida na história (Basel-2010), vencida pelo suíço.

Porém, em seu único título de duplas na carreira, ele passou por Federer. E em Indian Wells. Ao lado de Xavier Malisse, venceu Federer e Stanislas Wawrinka nos EUA em 2011. É o momento perfeito para passar por aquele que muitos consideram o melhor da história novamente. A Ucrânia agradeceria.