Redução dos seios mudou a vida de uma tenista. Hoje ela brilha na Austrália
Simona Halep, de 23 anos, é atualmente a terceira colocada do ranking mundial, está pela primeira vez na carreira nas quartas de final do Aberto da Austrália, na qual enfrentará às 22h (de Brasília) desta segunda-feira) a russa Ekaterina Makarova, e se torna a cada dia uma forte candidata a assumir a liderança do ranking da WTA. Mas tudo isso dificilmente seria possível não fosse uma cirurgia plástica para a redução do tamanho dos seios quando ela tinha 17 anos.
Apesar de ter sido campeã juvenil de Roland Garros em 2008, não se sentia confortável com o seu corpo, mais especificamente com o volume avantajado de seus peitos. Assim, em 2009 tomou a decisão que a faz colher frutos agora.
Com a redução do tamanho dos seios, passou a se sentir mais confortável em quadra e disparou no ranking mundial. Desde então, ganhou mais de 450 posições da lista da WTA. E a diminuição foi brusca. Reduziu em dois a medida do sutiã, o equivalente a cinco centímetros.
“Minha habilidade para reagir rapidamente era pior, e meus seios me deixavam desconfortável. O peso me incomodava demais para jogar. Eu também não gostava do tamanho dos peitos. Teria realizado esta cirurgia mesmo que não fosse uma esportista”, afirmou a jogadora durante entrevista coletiva em 2010, na qual também afirmou que o volume do peito lhe causava dores nas costas.
Depois, não quis mais tocar no assunto. Educada, sempre evitou perguntas dos repórteres, como no ano passado, quando foi vice-campeã de Roland Garros. “Faz muito tempo que aconteceu e é algo pessoal, então desculpe, não vou comentar. Sobre tênis, eu falo com prazer”, disse.
“Faço a comparação que uma jogadora com seios grandes é como se estivesse jogando de salto alto. O peso da pessoa fica caindo para frente. Os seios grandes mudam o eixo de gravidade do corpo para a frente e isso sobrecarrega a musculatura da parte de trás. Com os seios menores, com certeza os movimentos fluem melhor”, explicou Gilbert Bang, médico da Confederação Brasileira de Tênis (CBT).
A primeira temporada completa de Halep com os seios menores foi em 2010. E foi quando ela conseguiu pela primeira vez na carreira romper a barreira do Top 100.
Nos anos seguintes, continuou a ascensão, chegou a duas finais nas temporadas 2011 (WTA de Fez) e 2012 (WTA de Bruxelas), até dar o grande pulo em 2013. Iniciou o ano na 47ª posição e terminou no 11º lugar. Ganhou o prêmio de jogadora que mais evoluiu e alcançou seu melhor resultado em um Grand Slam até aquele momento: as oitavas de final do Aberto dos Estados Unidos. Foram ainda seis títulos em torneios da WTA.
O amadurecimento e a melhor condição física de Halep ficaram ainda mais visíveis em 2014. A romena não apenas se consolidou entre as 10 melhores jogadoras do mundo, como fechou a temporada como a número 3, após ocupar por um curto tempo a vice-liderança. Mas não foi apenas isso. Alcançou a semifinal do Grand Slam de Wimbledon e ficou com o vice-campeonato do Grand Slam de Roland Garros. Também disputou pela primeira vez na carreira as Finais da WTA e faturou duas taças, em Doha (QAT) e Bucareste (ROM).
E 2015 começou de maneira bastante animadora para Halep. Logo na primeira semana do ano, conquistou o título do WTA de Shenzhen (CHN) perdendo apenas um set em cinco partidas. No atual Aberto da Austrália, não cedeu nenhum set às adversárias em quatro jogos.
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