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No embalo de Racionais MC's, Feijão busca primeira final da carreira

Feijão comemora vitória sobre Leonardo Mayer nas quartas de final do Aberto do Brasil - Daniel Vorley/Brasil Open 2015
Feijão comemora vitória sobre Leonardo Mayer nas quartas de final do Aberto do Brasil Imagem: Daniel Vorley/Brasil Open 2015

Fábio Aleixo

Do UOL, em São Paulo

14/02/2015 07h59

É no embalo da música Negro Drama que João Souza, o Feijão, tentará alcançar a primeira final de um torneio da ATP. O tema do grupo de hip hop Racionais MC's já empurrou o tenista a inédita semifinal do Aberto do Brasil.

E hoje, às 13h, quando o brasileiro entrar em quadra para enfrentar o italiano Luca Vanni (149º do mundo), a canção ecoará de novo pelos alto-falantes do Ginásio do Ibirapuera. A música foi a escolhida pelo jogador para sua apresentação antes de todas as partidas do torneio, que também conta com um show de luzes e fumaça.

"Gosto muito desta música do Racionais, me identifico com ela, e por isso sempre entro em quadra com ela. Me dá uma motivação extra e faz a galera se aproximar, ter uma identificação legal comigo", afirmou o 110 colocado do ranking mundial.

A galera a que se refere Feijão é a torcida que tem lhe apoiado muito durante a semana e teve papel importante nas vitórias sobre Martin Klizan (38º) e Leonardo Mayer (30º),  nas oitavas e quartas de finais,  respectivamente. Em certos momentos, alguns torcedores passaram do ponto, insultando os adversários.

"Não sei se teria saído com estas vitórias se não fosse a torcida. Ela tem sido peça fundamental e me dado muita energia dentro da quadra", diz Feijão que nas cinco participações anteriores  na chave principal do Aberto do Brasil havia tido como melhores resultados as oitavas de final em 2011 e 2013.

O desempenho desta semana em São Paulo fez Feijão igualar o que havia conseguido nos ATPs 250 de Santiago (CHI), em 2010, e Kitzbuhel (AUT), em 2011. Na semifinal do primeiro, caiu ante o argentino Juan Mónaco por 2  a 0. Na competição europeia,  o algoz foi o holandês Robin Haase, que fez 2 a 1 (6-1, 6-7 [3-7] e 6-4)

"Em Santiago, eu ainda era muito novo ( tinha 21 anos) e enfrentei o Mónaco que vinha superbem. Contra o Haase,  tive minhas chances,  mas não soube aproveitar. Espero que agora seja diferente", disse.

Apesar de enfrentar um tenista saído do qualifying e o primeiro com ranking inferior ao seu neste torneio, Feijão não se diz favorito.

"Não entro como favorito. Os quatro que chegaram às semis. Tem condições de serem campeões. É um outro torneio. Também é um jogo muito perigoso", concluiu.