Brasileiros detonam organização e lamentam insultos da torcida na Davis
O último dia da série entre Brasil e Argentina, pela primeira rodada da Copa Davis, teve um fim nada agradável para a equipe verde e amarela, que amargou uma derrota no último e decisivo jogo. Sem culpar o fator extra-quadra, o time capitaneado por João Zwetsch deixou o Tencópolis bastante descontente com a organização do evento e não poupou reclamações.
Uma das principais foi a condução do confronto, no qual houve problemas com a torcida e até com os jogadores. No domingo, durante a maratona entre João Souza, o Feijão, e Leonardo Mayer, o argentino Carlos Berlocq teve problemas com a delegação brasileira e Juan Martin del Potro chegou a ser excluído do banco após discutir com um torcedor.
"Acho que a arbitragem foi um dos pontos fracos do confronto, foi uma escolha infeliz da ITF, que colocou um árbitro que não falava a língua espanhola. Os europeus não entendem o que se passa aqui às vezes e não sabem como agir em relação a isso. Faltou pulso", disparou o capitão brasileiro, que nesta segunda-feira teve de ouvir poucas e boas da torcida que lotou a arena.
Com portões abertos, o dia extra da série foi o mais cheio de todos e também aquele com o ambiente mais opressor. "O pior são os insultos que você escuta, principalmente quando está atrás da quadra e o juiz acaba não escutando, só você e o juiz de linha. É um pouco desagradável", lamentou o paulista Thomaz Bellucci.
"Durante o jogo é até normal o pessoal gritar numa bola que acha que vai fora. Os insultos atrás da quadra muito piores, se cantassem em coro não deixavam passar", lembrou o atual número 2 do País, que foi insultado abertamente pela torcida. A passagem mais pesada foi em uma das viradas de set, na qual saiu de quadra para ir ao banheiro e na volta teve que ouvir a arquibancada em coro o xingando.
A insatisfação da Confederação Brasileira de Tênis (CBT) foi tamanha que ela optou por tirar os jogadores o mais breve possível do Tecnopólis, os levando para o hotel onde estavam hospedados. Só mais tarde é que eles conversaram com a imprensa que acompanhava o time em Buenos Aires.
"Hoje, entrar naquela quadra não foi nada fácil", afirmou Zwetsch. Para ele, a ausência de torcida brasileira, que contou com apenas três pessoas, um casal e o filho, acabou dificultando ainda mais. "Quero registrar a presença da nossa torcida, que foi incrível. Mesmo que em número bem menor faziam o triplo de barulho e hoje fez uma falta brutal", finalizou.
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