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Técnico de Djokovic vê seu pupilo um nível abaixo de Federer

Boris Becker viu o pupilo Djokovic conquistar o título em Miami no último domingo - Al Bello/AFP
Boris Becker viu o pupilo Djokovic conquistar o título em Miami no último domingo Imagem: Al Bello/AFP

Do UOL, em São Paulo

06/04/2015 13h30

Novak Djokovic pode ser o atual número 1 do mundo e com alguma folga, mas mesmo assim ele tem o que melhorar. Para o alemão Boris Becker, que também já liderou o ranking e hoje trabalha como treinador do sérvio, “Nole” ainda não está no patamar do suíço Roger Federer, segundo colocado na lista da ATP, mais de 4 mil pontos atrás do sérvio.

Apesar de todas as conquistas que já acumulou, Djokovic ainda tem elementos a evoluir, acredita Becker. “Nole e Rafa (Nadal) ainda têm certos elementos como o saque e os voleios que precisam melhorar para chegar ao nível de Roger”, afirmou o alemão em entrevista à revista Brand Plus.

“Roger é um jogador completo. Se ele não amasse as quadras de tênis acho que não teria vencido tanto. A final contra Djokovic em Wimbledon, em 2014, foi a melhor. As outras finais de Grand Slam que disputou não foram tão bonitas”, acrescentou Becker, que trabalha com o sérvio desde o fim de 2013.

A parceria entre Becker e Djokovic começou na pré-temporada para 2014 e se mostrou um sucesso, com sete títulos no ano passado e mais três nesta temporada. O alemão lembrou do dia que o sérvio o ligou, logo depois do US Open de 2013, para que os dois começassem a trabalhar juntos.

“Ele estava na China e tinha perdido o número 1 para Nadal. Nos reunimos em Monte Carlo, tivemos uma ótima conversa, vi o seu treino, falei com sua equipe e depois de oito semanas começamos a conversar sobre o seu tênis”, rememorou Becker. “Não é fácil treinar Djokovic”, complementou o alemão.

Becker não é o único que vê Djokovic ainda um passo atrás de Federer. O norte-americano Andy Roddick, outro ex-número 1 do mundo também acredita que ele não esteja no nível do suíço e de nadal. “Para que Djokovic possa ser comparado a Federer e Nadal, ele tem que admitir que está um tanto atrás quando a questão são os Grand Slam”, comentou em entrevista ao Tennis Now.

“São seis Slam atrás de Nadal, um número que não pode ser subestimado. Se os números continuarem assim, vai ser difícil comparar Djokovic aos outros dois. Em contrapartida, ele é um dos grandes de todos os tempos. Se conseguir alcançar o Grand Slam de carreira, vencendo Roland Garros, com certeza será mais um grande feito”, afirmou Roddick.