Capitã espanhola na Davis volta a citar machismo e explode crise no tênis
A crise no tênis espanhol ganhou um novo capítulo nesta terça-feira. Um capítulo novo que nem é tão novo assim, uma vez que Gala León, a capitã da “Armada” na Copa Davis, voltou a acusar os críticos de seu trabalho de machistas. Ela fez questão de reforçar ter qualidade suficiente para ocupar o cargo que lhe foi dado pelo presidente da Real Federação Espanhola (RFET).
“É a primeira vez que estão tratando um capitão desta forma, algo que está sendo muito exagerado”, afirmou León em entrevista coletiva. Ela insistiu que as críticas sobre sua escolha são frutos de machismo e criticou os tenistas que se queixam abertamente sua posição de capitã da Copa Davis.
Gala León lamentou que alguns jogadores duvidam de sua responsabilidade e questionam suas decisões. “Não estão valorizando meu trabalho, mas não vou ceder à pressão. Peguei este cargo para alcançar alguns objetivos. Aqueles que não me respeitam que me deixem em paz para que possa fazer meu trabalho”, disparou.
Nomeada capitã em setembro de 2014, substituindo Carlos Moyá, Gala León vem sofrendo duras críticas dos jogadores desde então. De um lado, ela se defende dizendo que tudo isso é por causa do machismo. Já os tenistas espanhóis culpam não apenas a ex-jogadora, mas também a RFET pela crise no esporte, acusando a federação de não conversar com os atletas.
Para piorar a situação, a RFET viu o presidente José Luis Escañuela ser suspenso pelo Tribunal Administrativo do Esporte de seu cargo por um mês por “absoluto desprezo pela ordem jurídica aplicável, não cumprindo as regulamentações dp Conselho Superior de Esporte”.
Mesmo suspenso, Escañuela fez questão de garantir Gala León no comando da Davis na coletiva desta terça. Só que a treinadora discordou do presidente em sua fala. “Em me demitiria agora mesmo se isso fizesse com que os jogadores viessem disputar a Copa Davis pela Espanha”, declarou a capitã.
As palavras de León e Escañuela já foram rebatidas pelos tenistas espanhóis, com destaque para Feliciano López, um dos principais críticos da federação local. “Foi a enésima reivindicação pela liberdade e o feminismo. Depois de nos chamarem de machistas e mercenários, o destruidor do tênis nacional (Escañuela) e seu ‘ícone’ (León) pretendem deixar tudo como está”, escreveu em seu Twitter.
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