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Bellucci tenta salvar confronto, e Feijão, virar herói improvável na Davis

Fábio Aleixo

Do UOL, em Florianópolis (SC)

19/09/2015 19h09

A derrota de Bruno Soares e Marcelo Melo na tarde de sábado e a consequente virada da Croácia por 2 a 1 na repescagem do Grupo Mundial da Copa Davis, em Florianópolis, deixaram o Brasil em situação complicada para permanecer na elite em 2016.

E a responsabilidade de manter o país ainda vivo na disputa e forçar o quinto jogo será de Thomaz Bellucci (30º do mundo). Se conseguir vencer Borna Coric (33º), deixará com João Souza, o Feijão (104º), a missão de se tornar um herói improvável em um confronto que se desenhava totalmente favorável ao Brasil após Marin Cilic, campeão do Aberto dos Estados Unidos em 2014 desistir por causa de uma lesão no tornozelo.

Esta será a primeira vez na carreira que Bellucci enfrentará Coric. E apesar de ter um retrospecto favorável em Davis jogando no país (são 11 vitórias e apenas duas derrotas) e não perder em casa desde 2009, o paulista terá vida dura na partida que começa às 10h deste domingo. Em que pese disputar somente seu quinto confronto de Davis, Coric vive grande fase no circuito mundial e acumula em seu currículo vitórias sobre Rafael Nadal e Andy Murray.

Para o capitão João Zwetsch, a torcida terá um papel importante para recolocar o Brasil na disputa e evitar o rebaixamento ao Zonal Americano, em 2016.

"Claro que há limites que precisam ser respeitados, mas vamos botar fogo, transformar a quadra em um caldeirão. Na Copa Davis a torcida é um fator fundamental a ser usado", afirmou.

Na última vez que atuou sobre pressão e precisou vencer uma partida para evitar a derrota brasileira na Davis, Bellucci se deu mal. Em março deste ano, perdeu em Buenos Aires para Federico Delbonis no quinto e decisivo duelo contra a Argentina.

"Com certeza sou jogador mais experiente deste grupo. Tenho de lidar com a postura de ser líder. Vou ter de jogar o meu melhor e tentar estar sempre à frente no placar", disse Bellucci.

Caso obtenha esta vitória, Feijão terá de superar a sua má fase. Desde março, ele não ganha uma partida de primeiro nível no circuito mundial. São 12 derrotas seguidas. Contando challengers e qualifyings, são 20 derrotas e quatro vitórias.

"Não estou batendo mal na bola. É algo além disso. Tem a ver com ritmo de jogo, ler as jogadas, a parte mental. Não é uma coisa tão simples. O que tento de tirar de vantagem é ter apoio da torcida e tirar de dentro do coração. Vai ser no coração, não tem muito o que falar de bater na bola", admitiu Feijão.

O brasileiro também não sabe contra quem jogará. Mate Delic (499º do mundo) está relacionado para ser seu adversário, mas como a escalação pode ser alterada até dez minutos antes do jogo, Ivan Dodig (106º) ainda poderá ser o seu rival.

"Ainda não decidi o que farei, mas mesmo que tivesse decidido eu não falaria para vocês (jornalistas)", disse o capitão croata Zeljko Krajan.

"Vou me preparar da melhor maneira possível. O Delic e o Dodig têm jogos semelhantes, mas níveis bastante diferentes" disse Feijão.

Programação

Sexta-feira
Thomaz Bellucci  3 x 1 Mate Delic - 6-1, 6-4, 3-6 e 6-4

Sábado
João Souza 0 x 3 Borna Coric - 4-6, 6-7 (5-7) e 1-6
Bruno Soares/Marcelo Melo 1 x 3 Ivan Dodig/Franko Skugor - 0-6, 6-3, 6-7 [2-7] e 6-7 [3-7]

Domingo
10h - Thomaz Bellucci x Borna Coric
A seguir - João Souza x Mate Delic