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Guga diz que Nadal não será mais nº 1 e duvida até de taça em Roland Garros

Kuerten comparou suas lesões na carreira com momento ruim de Nadal - Antonio Lacerda / EFE
Kuerten comparou suas lesões na carreira com momento ruim de Nadal Imagem: Antonio Lacerda / EFE

Do UOL, em São Paulo

22/09/2015 10h23

Gustavo Kuerten acredita que Rafael Nadal não voltará a ganhar um Grand Slam de sua carreira nem mesmo ser o número 1 do ranking mundial. Para o brasileiro, o espanhol está em decadência.

"As chances são muito improváveis (de voltar a ser o número 1), de ganhar Roland Garros são pequenas. É pouquíssimo provável que ele consiga ser o número um do mundo ou mesmo ganhar um Grand Slam, principalmente com as atuações dos outros caras. O nível de performance dele está comprometido. Se ele estiver, amuado, nervoso, com cãibras, ele vai dar um jeito, mas se no nível de performance dele não estiver mais 100% não tem o que fazer", afirmou Guga em entrevista ao Lance!.

O brasileiro comparou a situação atual de Nadal com a que viveu na parte final de sua carreira, quando as dores o incomodavam demais.

"Eu comparo um pouco com a minha atuação depois da primeira cirurgia. A dor não era problema, mas se eu não consigo correr direito é um baita de um problema, se não consigo apoiar o pé direito, minhas chances começam a diminuir 15, 20%. No caso dele, ele não pode pegar o Djokovic no caminho, tem que ganhar em dois, três sets, porque jogar cinco sets, o que antes favorecia ele, hoje já é uma dificuldade. Em 2004, Roland Garros bateu na trave para mim. O Gaudio não era um cara que ganharia de mim em uma situação normal, mas respondia bem meu sque, me fazia correr mais, mas naquela condição que eu tinha eu preferia pegar o Federer, que era o número um, do que ele que trazia muitas dificuldades para mim", explicou o ex-núemro 1 do mundo.

Rafael Nadal vive a sua pior temporada em muito tempo. Ele fechará 2015 sem ter ganho um Grand Slam sequer, o que não acontecia desde 2004. Ele também não venceu nenhum Masters 1.000 e soma apenas três títulos em torneios menores: ATP 250 de Buenos Aires e Stuttgart e ATP 500 de Hamburgo. Atualmente está na sétima colocação do ranking mundial.

Na entrevista, Guga também criticou o legado que será deixado após a Olimpíada do Rio, em 2016.

"O legado vai depender de muitos esforços individuais, infelizmente não será o suficiente pra dar uma quantidade orgânica, tá sendo bem investido no Time Brasil em efeito medalha próximo, acredito que vamos bater o recorde de medalhas em participações, mas se pensar no potencial mais amplo das Olimpíadas é pouco, poderia servir para transformar o tênis e o esporte de forma geral, mas também dá a possibilidade de fazer o que não foi feito em 1997