Nº 1 do mundo, Melo faturou menos que 29 dos 30 melhores em simples no ano

Pela primeira vez na história, um brasileiro está ocupando a liderança do ranking mundial de duplas. Na lista divulgada nesta segunda-feira pela ATP, Marcelo Melo aparece no topo. Ele colocou fim a uma sequência de mais de 100 semanas dos irmãos americanos Mike e Bob Bryan.

Mas mesmo com este feito inédito e cinco títulos já ganhos na atual temporada, o faturamento anual do mineiro é inferior ao de muitos atletas que estão longe longe do topo em simples. A disparidade da premiação oferecida pelos organizadores dos torneios faz com que Melo tenha ganho em 2015 menos do que quase todos os tenistas que estão no Top 30 de simples, com exceção feita ao francês Benoit Paire, 20º colocado, que faturou US$ 821.054. Até o momento, o mineiro de 32 anos ganhou US$ 842.980.

O australiano Nick Kyrgios, 30º do mundo em simples, levou US$ 954.914. Isso sem ter ganhado um título ou alcançado nem sequer uma final nesta temporada.

Se a comparação for com Novak Djokovic, líder do ranking mundial, o abismo é imenso. O sérvio já embolsou US$ 15.986.989, um faturamento 19 vezes superior.

Para entender um pouco do abismo existente entre as premiações nas chaves pode-se tomar como exemplo o Grand Slam do qual Melo foi campeão. Pelo título, ele e o croata Ivan Dodig tiveram de dividir US$ 495 mil. Vencedor em simples, o suíço Stanislas Wawrinka embolsou US$ 1,98 milhões.

"A cada dia vem aumentando o profisisonalismo nas duplas. Hoje os duplistas viajam com preparador físico, treinador, tem uma estrtura completa. Mas a realidade é que ainda recebemos muito menos do que simples, além de não termos a mesma exposição", disse Melo em entrevista ao UOL Esporte em junho.

Se na comparação da premiação com simplistas Melo fica bem atrás, quando a referência são os duplistas, o mineiro se destaca. Foi quem mais faturou em prêmios, superando até mesmo os irmãos gêmeos Mike e Bob Bryan.

Veja a premiação dos tenistas do top 30 em simples: