Serena para em zebra alemã e cai na final do Aberto da Austrália
Serena Williams entrou na Rod Laver Arena podendo entrar ainda mais para a história do tênis. Se conquistasse o Aberto da Austrália neste sábado (3), chegaria ao seu 22º título de Grand Slam e empataria com Steffi Graf. No caminho dela, porém, estava uma alemã, assim com a tenista que ela queria igualar: Angelique Kerber.
Invicta em finais de Abertos da Austrália, Serena começou o jogo de maneira atípica: perdendo o primeiro set, algo que não acontecia em decisões de Grand Slam desde o Aberto dos Estados Unidos de 2011. E não foi só esse ineditismo na partida. Pela primeira vez, a norte-americana perdeu o terceiro set de uma final de Grand Slam: vitória de Angelique Kerber por 2 sets a 1, parciais de 6-4, 3-6 e 6-4.
“Aproveitei minha chance de estar aqui na final e estou muito honrada de poder jogar essa final. Meu sonho virou realidade essa noite. Trabalhei duro durante minha vida toda e agora estou aqui e posso dizer: sou uma campeã de Grand Slam”, afirmou uma emocionada Angelique Kerber, que agradeceu Serena por ser “uma inspiração para as tenistas mais jovens e uma pessoa incrível”.
E Serena soube perder. Depois de jogar o último ponto para a fora, a norte-americana atravessou a quadra para abraçar uma adversária em prantos. Não por menos, a número 6 do mundo - que agora será a segunda do ranking - foi apenas a segunda alemã na história a conquistar um Grand Slam na era aberta do tênis: a lenda Steffi Graf era a única, até então.
“Parabéns, você jogou tão bem, mereceu muito esse título, espero que você aproveite esse momento”, falou Serena à Angelique durante a cerimônia de premiação.
O jogo
Aos 28 anos e em sua primeira final de Grand Slam, Angelique sabia que não tinha nada a perder. Se vencesse, acabaria com o jejum alemão que durava desde 1994, quando Steffi Graf levantou a taça do Aberto da Austrália pela última vez. Mas se perdesse, a derrota não seria incomum, já que a adversária era ninguém menos que a número 1 do ranking da WTA.
E o set inicial mostrou a força de Angelique. Jogando um tênis firme e solto, a alemã conseguiu a primeira quebra logo no terceiro game. Serena respondeu no sexto, mas logo na sequência foi quebrada mais uma vez. Com 4 a 3 no placar, Angelique não sentiu a pressão e conseguiu o que ninguém havia feito na edição 2016 do Aberto da Austrália: vencer um set contra Serena Williams.
Para continuar no caminho do 22º Grand Slam, Serena teve que ser Serena. Com devoluções fortes e muitos gritos a cada ponto conquistado, a norte-americana conseguiu a quebra no segundo set logo no quarto game, e não deu a menor chance para a adversária: vitória por 6 a 3.
E não importava o que Serena fizesse, Angelique sempre estava em sua cola. No terceiro set, a alemã mostrou logo de cara que não tinha vindo para brincadeira: quebra no segundo game e boa vantagem no placar.
A adversária, no entanto, era a número 1 do ranking, e Serena Williams mostrou por que está na posição. Logo no game seguinte, a norte-americana devolveu a quebra e empatou o jogo logo na sequência.
Mas a força de Serena parou por aí. Angelique parecia não se intimidar com a adversária que estava do outro lado da quadra. Em um game equilibradíssimo, a alemã segurou a pressão e conseguiu a quebra sobre a norte-americana.
E Angelique parecia incansável mesmo após quase duas horas de partida. A alemã corria por todos os lados, contra-atacava com força e obrigava Serena a se esforçar de maneira ainda não vista na edição 2016 do Aberto da Austrália. Na primeira chance de sacar para o jogo, sentiu a pressão e acabou sendo quebrada. E a pressão virou raiva: ao chegar na cadeira, a alemã jogou a raquete longe.
Se em seu saque não deu certo, deu no de Serena. Contando com a ajuda dos erros não-forçados da norte-americana, Angelique conseguiu a quebra e fechou a partida em 2 sets a 1, conquistando seu primeiro título de Grand Slam.
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