Em má fase, Nadal não consegue brilhar nem onde sempre triunfou
O saibro da América do Sul sempre foi tido por Rafael Nadal como um habitat de segurança e garantia de taças. Desde que se profissionalizou, toda vez que veio ao continente o espanhol saiu daqui com o título, o primeiro deles na Costa do Sauípe, em 2005. Porém, em 2016, o quinto colocado do ranking mundial sucumbiu e não conseguiu comprovar todo o seu favoritismo.
A eliminação para Pablo Cuevas (45º do mundo) na semifinal do Aberto do Rio (ATP 500) na noite do último sábado, colocou fim a duas semanas de resultados pouco expressivos. Vivendo uma das piores fases de sua carreira, o tenista amargou dois torneios seguidos no continente sem nem sequer alcançar a decisão. Na semana passada, já havia caído na semifinal do ATP 250 de Buenos Aires (ARG) para o austríaco Dominic Thiem. Foram só 270 pontos ganhos no ranking mundial.
"Eu não ganhei nenhum título, então o balanço não é positivo nessa gira de torneios (da América do Sul). Eu tive minhas chances nos dois. Eu tenho de aceitar que essa não era a ideia, de perder os dois torneios nas semifinais, mas é o que aconteceu. (...) Sempre que você perde duas semanas seguidas com chances de passar à final, com chances de poder ganhar os títulos e perde as duas semifinais não é bom. Lutei até o final e mentalmente acredito que estava bem. Com capacidade de aceitar as dificuldades e de lutar, mas evidentemente faltou um pouco de convicção em momentos importantes", avaliou.
Após o primeiro título em 2005, Nadal passou um longo tempo sem dar as caras na América do Sul. Depois de disputar as edições do Aberto da Austrália, se dedicava aos torneios em quadra dura, como o Masters 1.000 de Indian Wells e Miami, por exemplo.
Isso começou a mudar a partir de 2013. Desde então, sempre marcou presença nos torneios de terra batida do continente e conseguiu ter sucesso. Em 2013, foi finalista em Viña del Mar (CHI) após sete meses afastado das quadras em virtude de lesão no joelho. Na sequência, porém, ergueu o troféu em São Paulo.
Em 2014, competiu apenas no Aberto do Rio e faturou o título da primeira edição do torneio ao bater Alexandr Dolgopolov.
Em 2015, a taça veio em Buenos Aires. Na sequência, perdeu para Fabio Fognini na semifinal no Rio.
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