Andy Murray diz que tênis foi sua "fuga" após presenciar massacre em escola
O tenista escocês Andy Murray falou pela primeira vez sobre sua relação com Thomas Hamilton, o atirador do massacre de Dunblane que, em 1996, invadiu uma escola a matou 16 crianças e um professor.
Em entrevista para o documentário da Amazon "Andy Murray: Resurfacing", ele contou que tinha 9 anos quando ele e seu irmão Jamie viram Hamilton, que conheciam de um clube infantil da região, dar início ao massacre. Depois do ocorrido, Murray encontrou no tênis uma forma de superar o trauma.
"Você me perguntou porque o tênis era importante para mim. Obviamente, tive o que aconteceu em Dunblane quando eu tinha nove anos", disse, à cineasta Olivia Cappuccini. "Tenho certeza de que para todas as crianças de lá foi difícil superar. Mas nós [ele e seu irmão] conhecíamos o cara, fomos ao clube infantil dele, ele andava no nosso carro, dávamos carona até estações de trem e coisas assim".
O atleta contou ainda que menos de um ano depois do crime seus pais se divorciaram e o irmão mudou de cidade para jogar tênis na Universidade de Cambirdge.
"Costumávamos fazer tudo juntos. Quando ele se afastou, isso também foi bastante difícil para mim", lembra Andy Murray, hoje com 32 anos.
"Meu sentimento em relação ao tênis é que, de certa forma, é uma fuga por todas essas coisas que eu acumulei", acredita. "Do jeito que sou, na quadra de tênis, mostro algumas coisas positivas sobre minha personalidade e também mostro as coisas ruins, as que realmente odeio. O tênis me permite ser essa criança, que tem todas essas perguntas".
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