| 15/07/2004 - 14h21 Diego Cubas abre confronto do Brasil na Davis contra a Venezuela Da Redação Em São Paulo
Diego Cubas, brasileiro mais bem colocado no ranking mundial entre os juvenis que disputarão a repescagem da Copa Davis, contra a Venezuela, será o primeiro a entrar em quadra, nesta sexta-feira, às 11h30, em Caracas.
| | Diego Cubas enfrenta Jimmy Szymanski na 1ª partida do confronto com a Venezuela | Número 1.102 do ranking de entradas, Cubas tentará o primeiro ponto do Brasil contra Jimmy Szymanski, segundo melhor tenista da equipe venezuelana e número 414 do mundo.
No segundo jogo do dia, Bruno Rosa, número 1124 do ranking mundial, enfrenta Kepler Orellana, que ocupa a 344ª colocação na mesma lista. No sábado, os escolhidos pelo capitão brasileiro, Ricardo Pereira, foram Caio Zampieri e Raony Carvalho, que enfrentam Orellana e Szymanski, às 13h.
"Escolhi o Cubas e o Rosa nos jogos de simples pelo que tenho visto nos treinamentos e, principalmente, pela experiência maior que os dois têm em torneios internacionais, como juvenis e profissionais", explicou Pereira, nomeado capitão há duas semanas.
Neste ano, Cubas conseguiu passar pelo qualifying de dois torneios da série Future no México, e Rosa chegou às quartas-de-final no Future de Caldas Novas e à segunda rodada do Future 11 da Itália.
O capitão brasileiro não acredita que o desfalque do principal jogador da Venezuela possa mudar o destino do confronto (José de Armas está com uma contusão nas costas). "O grupo todo já assimilou que tem que jogar solto, sem responsabilidade, mas dando o máximo o tempo todo."
O Brasil precisa vencer a Venezuela para não ter de disputar outra repescagem na Zona Sul-Americana da Davis. Se cair, jogará contra o perdedor de Equador x Peru e, em caso de novo fracasso, vai para a terceira divisão.
Nesse confronto, o Brasil entrará em quadra com juvenis por causa da crise criada entre os principais tenistas do país e a Confederação Brasileira de Tênis (CBT). Os atletas pressionam a entidade, exigindo maior apoio ao esporte, principalmente na revelação de talentos.
Esse movimento culminou com a demissão de Ricardo Acioly, que era o capitão da equipe até fevereiro. Ele deixou o cargo em fevereiro, na semana anterior ao Aberto do Brasil, sendo substituído por Jaime Oncins.
A troca não foi bem aceita por Gustavo Kuerten, principal tenista do país. Imediatamente, ele liderou um movimento, que contou com adesão de Flávio Saretta, André Sá e Ricardo Mello, para que todos boicotassem uma possível convocação para o duelo contra o Paraguai, em abril.
Com o boicote, Jaime Oncins renunciou ao cargo, apoiando os tenistas e cedendo seu lugar para Carlos Chabalgoity.
Chabalgoity convocou tenistas de segundo escalão para o duelo contra o Paraguai na Costa do Sauípe, e o Brasil acabou perdendo por 3 jogos a 2, desperdiçando também a oportunidade de disputar a repescagem para voltar à elite da Copa Davis. |