A rivalidade é um termo fundamental no esporte e ainda mais no mundo das lutas. Verdadeira ou iniciada como forma de vender um combate, a provocação entre dois competidores é considerada uma das características primordiais de modalidades como o boxe e o MMA. No caso deste último, UFC e Pride foram mestres em criar arquirrivais e lucrar em cima deles, e os brasileiros até hoje são protagonistas no quesito.
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Neste sábado, um dos arquirrivais do Brasil entra no octógono, o norte-americano Frank Mir. O peso pesado acabou entrando no caminho dos lutadores verde-amarelos pelas lutas com Minotauro. Foi o primeiro a nocautear e a finalizar o baiano, sendo que no segundo encontro quebrou o braço do brasileiro com uma kimura. O UFC 146, em Las Vegas terá o amigo de Minotauro, Júnior Cigano, podendo "vingar" este revés para manter seu cinturão.
Mas este é só um exemplo das grandes rivalidades entre brasileiros e gringos. A mais quente do momento, como todos sabem, é entre Anderson Silva e o provocador Chael Sonnen. Mas, desde o primeiro UFC, com Royce Gracie e Ken Shamrock, disputas acirradas surgiram. Conheça algumas delas.
Frank Mir e Minotauro tiveram origens distintas, mas se encontraram no UFC, formando uma das grandes rivalidade. Mir foi duas vezes campeão no Ultimate, enquanto o baiano fez carreira no Pride, sendo campeão no Japão. Sua chegada ao UFC foi em 2007, e Minotauro virou campeão interino ao derrotar Tim Sylvia no ano seguinte. O próximo duelo foi contra Mir e pela primeira vez na carreira o peso pesado sofreu um nocaute, mesmo sendo favorito na trocação. Minotauro teve a revanche em 2011, quando Mir conseguiu mais um feito: foi o primeiro lutador a finalizar o baiano no MMA.
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Chael Sonnen é um lutador de cartel modesto, mas desde que ganhou a chance de enfrentar Anderson Silva pelo cinturão dos médios do UFC sua fama passou a se fazer valer pelas polêmicas. Falastrão ao vender lutas, chegou a criticar o fato de Anderson reverenciar seus rivais dizendo que se o Aranha se abaixasse no Brasil, "teria sua carteira roubada". Por essa e outras, o brasileiro criou uma aversão ao rival. Anderson venceu o primeiro encontro com muita dificuldade em 2010, quando Sonnen foi pego no doping. Agora, eles voltam a duelar em 7 de julho.
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Dois astros da época do Pride e que transferiram para o UFC a rivalidade foram Quinton Rampage e Wanderlei Silva. O brasileiro foi um dos maiores nomes de toda a história do evento japonês e viu Rampage lhe provocar diversas vezes, com insultos ao próprio Wanderlei e à academia Chute Boxe. A inimizade chegou ao ponto de Wanderlei invadir o ringue e empurrar o rival após uma luta do norte-americano. Os primeiros combates ocorreram em 2003 e 2004 e o curitibano abusou das joelhadas para vencer ambos. Pelo UFC, em 2008, Rampage deu o troco e nocauteou.
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A família Gracie apresentou o jiu-jítsu ao mundo e foi importante na criação do MMA. Mas um japonês virou uma pedra no sapato: o 'Caçador de Gracies'. Kazushi Sakuraba teve como primeira vítima Royler, a quem finalizou no Pride em 1999. Em seguida, fez um clássico contra Royce Gracie, ex-campeão do UFC. O combate levou 90 minutos, e o japonês venceu após o corner de Royce jogar a toalha. Sakuraba venceu Renzo e Ryan Gracie em 2000 e só foi perder para um membro do clã em 2007, contra Royce. No entanto, o brasileiro foi pego em antidoping por esteróides. Em 2010, o japonês perdeu para Ralek, em combate polêmico.
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A primeira grande rivalidade do UFC nasceu no primeiro evento realizado pela organização, em 1993. Royce Gracie apresentava seu jiu-jítsu e teve pela frente na semifinal o norte-americano Ken Shamrock, vindo do wrestling. Shamrock não foi páreo e acabou finalizado em 57 segundos, enquanto Royce se encaminhou para o título. Eles quase se enfrentaram no UFC 3, mas deixaram o torneio por cansaço, e enfim tiveram uma revanche na edição número 5, na primeira Superluta do Ultimate. Após 36 minutos, Shamrock conseguiu brecar o jiu-jítsu do Gracie e o duelo acabou empatado, ficando entre os "clássicos" do vale-tudo.
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