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Top-5 - Sucessão de erros levou o Atlético-PR à lanterna do Brasileiro

Ninguém chega à lanterna do Brasileiro por acaso. O exemplo é o Atlético-PR. Pior time do campeonato, o Furacão está pagando por uma série de erros cometidos ao longo do ano. Contratações equivocadas, cinco trocas de treinadores, falta de comando no departamento de futebol são alguns dos problemas que deixaram a equipe à deriva e seriamente ameaçada pelo rebaixamento. Depois de tantos equívocos, o clube faz uma última tentativa de sair do buraco, com a contratação do técnico Renato Gaúcho.

Desmanche da base e contratações erradas

Heuler Andrey/AE

Após terminar em quinto lugar no Brasileiro de 2010, o clube manteve o time base e o técnico Sérgio Soares, mas ambos não resistiram por muito tempo. A base foi aos poucos se desmanchando, com as saídas do goleiro Neto, do zagueiro Rhodolfo (foto), do volante Chico, dos atacantes Wallyson e Bruno Mineiro. Antes do final do Paranaense, vieram as primeiras dispensas. Entre outros, saíram os volante Alê, Vitor e Claiton e o goleiro Sílvio e o lateral-direito Marcos Pimentel. Ao mesmo tempo, uma nova leva de contratados chegou: Róbston, Rômulo, Marcelo Oliveira, Wendel, Fabrício e Cléber Santana Paulo Roberto, mas os resultados não apareceram.

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Em seis meses, cinco trocas de treinadores

Divulgação/Atlético-PR

Nada mais revelador do descompasso na administração do futebol atleticano do que a política adotada para os treinadores. Em seis meses de temporada, o time passou pelas mãos de cinco profissionais diferentes. Sérgio Soares iniciou a preparação, mas não resistiu três meses, sendo substituído por Geninho. Ídolo da torcida, foi demitido, após dez jogos de 80% de aproveitamento. O interino Leandro Niehues assumiu, até que chegasse Adilson Batista (foto), considerado um treinador de ponta. Sua passagem, porém, foi um fracasso e ele deixou o clube sem vencer nenhuma partida no Brasileiro. O quinto, Renato Gaúcho, chega com a missão de evitar o rebaixamento.

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Falta de autonomia do departamento de futebol

Divulgação/Atlético-PR

Apesar de todo o seu prestígio no clube, o ex-presidente Walmor Zimermann não resistiu à falta de resultados do time e pediu demissão do cargo de diretor de futebol, em maio. Levou com ele o auxiliar imediato, Ademir Adur. A saída completou a implosão do departamento, que dias antes já havia perdido o gerente Ocimar Bolicenho (foto). Há algum tempo, Zimermann vinha mostrando sua insatisfação com a falta de autonomia no cargo. Reclamou que não fora consultado na demissão do técnico Geninho e se queixou da falta de um orçamento para as contratações, sujeitas sempre ao veto do presidente do clube Marcos Malucelli.

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Decadência física e técnica de Paulo Baier

Divulgação/Coritiba

A crise técnica do Atlético, nos primeiros seis meses da temporada tem um símbolo: o meia Paulo Baier. Considerado o principal jogador do elenco, há duas temporadas, o veterano, de 36 anos, não conseguiu repetir o bom futebol neste ano e, pela primeira vez, passou a receber críticas. Dando sinais de que a idade pode estar pesando, ele mostrou nítida deficiência física em algumas partidas. O problema foi admitido pelo jogador, que aceitou ser afastado do time para passar por um programa de recuperação. Após duas semanas de afastamento, no entanto, ele ainda não demonstrou ter recuperado a forma.

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Indisciplina e possível desunião do elenco

Divulgação/Atlético-PR

Os problemas disciplinares, dentro e fora de campo, se tornaram públicos ao longo da temporada, obrigando a diretoria a punir jogadores. Os mais contumazes foram o zagueiro Manoel e o meia Madson(foto). O primeiro foi punido por duas expulsões consideradas infantis, no Paranaense, e por ter recolhido uma mulher na concentração do time, durante jogo em Rio Branco-AC, pela Copa do Brasil. Madson faltou treinos e exagerou nas festas. Por fim, o técnico Adilson Batista chegou a insinuar que havia uma divisão no grupo, depois da derrota para o Figueirense, em Florianópolis.

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