O sábado foi de festa para os ucranianos, e em especial para os irmãos Wladimir e Vitali Klitschko. O primeiro, caçula, bateu David Haye por pontos e unificou três dos quatro cinturões oficiais dos pesos pesados no boxe. Ao tomar o título de Haye, Wladimir conquistou o único que faltava a ele e a Vitali, também campeão na categoria. Mas, apesar do feito inédito atingido por eles, o aspecto familiar do boxe é algo antigo.
Verdadeiros clãs se destacam na nobre arte, indo da relação pai e filho como técnico e pupilo a irmãos que chegaram ao topo e conquistaram cinturões. O UOL Esporte mostra alguns dos principais nomes, que de tão numerosos foram separados por países. Confira:
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Um dos clãs mais numerosos do boxe mundial é brasileiro. Todos conhecem Eder Jofre, mas muitas vezes se esquece de toda uma família, com cerca de duas dezenas de pessoas dedicadas à nobre arte. Seu pai, Aristides, o Kid Jofre, veio da Argentina e se tornou técnico no Brasil, onde se casou com Angelina Zumbano, irmã de lutadores. Além de pai e filho, inseparáveis nas conquista dos títulos em duas categorias, nomes como Ralf, Antonio e Waldemar Zumbano brilharam, além do sobrinho de Eder, Raphael, hoje na ativa em busca de um título como peso pesado.
Primo de Eder mantém família na ativa
Especial: os 50 anos do título de Eder Jofre
Os Estados Unidos, terra mais tradicional do boxe, têm em algumas de suas maiores estrelas outros membros da família pegando carona no sucesso. Dois dos maiores rivais da história, Muhammad Ali e George Foreman são exemplo disso. Ali teve a filha, Laila, como campeã no boxe feminino, além do irmão e um sobrinho lutando. Foreman teve dois filhos no ringue: Freeda e George III. Os Mayweather também entram na estatística, com pai (técnico) e filho (lutador), além de tios e irmãos famosos na nobre arte.
Lenda no corner: 'não adianta procurar novo Ali'
O mexicano Julio César Chávez conseguiu este ano a sua entrada no Hall da Fama de boxe, depois de uma carreira com seis títulos em três categorias. E, quase ao mesmo tempo, ganhou outro presente. Apesar de desacreditado, seu filho Julio César Chávez Jr. conquistou seu primeiro título mundial, como peso médio. Um dos palcos mais tradicionais do esporte, o México ainda conta com famílias como os Morales (Erik e Diego, irmãos, foram campeões mundiais) e os Diaz (Antonio, Julio e Joel), por exemplo.
Chávez Jr. fatura o primeiro cinturão
Grande esperança nos últimos anos para a torcida inglesa, Ricky Hatton foi campeão mundial, mas perdeu para Mayweather e Pacquiao, além de ter sido flagrado consumindo cocaína. Com a vida nos ringues praticamente destruída, o irmão caçula Matthew foi o novo nome, mas também acabou derrotado em disputa por título, no início do ano. Mesmo com esta dupla um tanto irregular nos quadriláteros, a Inglaterra se lembra também de outras famílias vencedoras, como os Khans e os Finnegans.
Caçula da família Hatton perde luta por título
Com algumas famílias tradicionais, como os Harada - que inclui Fighting, único algoz de Eder Jofre - o Japão chama a atenção com os 'Three Kameda brothers', os três irmãos do clã Kameda. O pai do trio os treina e faz um bom trabalho com os jovens, de 24, 22 e 19 anos. Koki, o mais velho, foi campeão dos moscas pela AMB. Daiki, o filho número 2, também faturou o cinturão da categoria. Já o caçula Daiki chegou a um título continental e briga para imitar os mais velhos, que ainda tem muita carreira pela frente para aumentar o número de títulos.
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