Sexo, drogas e politicagem também fazem parte do mundo dos esportes, e costumam ser algumas das razões dos escândalos que comprometem a imagem de atletas e instituições. Às vezes, brigas de bastidores também podem desencadear crises sem precedentes. Em ano de Copa do Mundo e escolha de sedes dos próximos Mundiais, não faltaram casos. Mas não foi apenas o futebol que saiu desmoralizado. Veja a seguir as principais situações constrangedoras de 2010.
Com o objetivo de evitar atrasos, a Fifa decidiu escolher as sedes das Copas de 2018 e 2022 de uma só vez. Mas, com isso, acabou incentivando trocas de influência entre os países membros. Os conluios entre as candidaturas seriam até aceitáveis, mas o jornal inglês Sunday Times deflagrou um escândalo bem maior. Reynald Temarii, da Oceania, e Amos Adami, da Nigéria, caíram em uma armadilha dos jornalistas que fingiram ser empresários ligados à candidatura norte-americana, e comprovaram que os dois executivos estavam dispostos a negociar seus votos. Os dois foram suspensos e não participaram da votação que elegeu Rússia e Qatar como sedes.
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Depois de ganhar a Volta da França pela terceira vez em julho, o espanhol Alberto Contador se firmou como o principal nome co ciclismo mundial. Mas nem ele estaria a salvo das freqüentes denúncias de doping na modalidade. Dois meses depois da conquista, ele testou positivo em exame realizado durante a competição, considerada a mais tradicional do calendário. Contador foi suspenso preventivamente após ser "encontrada uma análise adversa" de um exame de urina, segundo a União Ciclística Internacional (UCI). A substância é o clenbuterol, um broncodilatador. Ele culpou uma intoxicação alimentar. Mas ainda corre risco de perder o troféu, apenas quatro anos depois de Floyd Landis ter o seu título retirado.
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Não foi um escândalo inédito para a Ferrari, e ainda quase deu o título de pilotos para a escuderia. A vitória de Sebastian Vettel na última corrida evitou possíveis críticas de que uma conquista de Fernando Alonso seria injusta devido à ultrapassagem polêmica do GP de Hockenheim. Felipe Massa liderava a prova, mas o espanhol reclamou pelo rádio, já que o brasileiro lutava para manter a posição. Até que chegou o famoso recado a Massa: "Fernando está mais rápido do que você. Entendeu a mensagem?". O espanhol passou, venceu, e a Ferrari só foi multada em US$ 100 mil pelo incidente, que repetiu o caso envolvendo Schumacher e Barrichello em 2002. No fim, as ordens de equipe enfim foram liberadas pela FIA após o campeonato.
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O escândalo sexual envolvendo a prostituta menor de idade Zahia Dehar e os jogadores franceses Ribéry, Govou e Benzema antes do Mundial foi um presságio do que aconteceria na África do Sul. O caso não deu em nada, assim como a França na Copa do Mundo. O time francês começou jogando mal no empate sem gols com o Uruguai, e no intervalo da derrota para o México, o pior aconteceu. O jornal L'Equipe revelou que Anelka xingou o técnico Domenech no vestiário. O atacante acabou expulso da seleção, o que irritou outro grupo de jogadores liderados por Evra. A trágica participação seria encerrada com outra derrota para a África do Sul. Mas o vexame repercutiu até na presidência do país.
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O zagueiro John Terry e o lateral Wayne Bridge eram companheiros de Chelsea e da seleção inglesa. Mas a relação se aprofundou um pouco demais, a ponto de Terry ter uma relação extra-conjugal com Vanessa Perroncel (foto), modelo que é mãe do filho de Bridge e ex-mulher do lateral do Manchester City. Os tabloides ingleses divulgaram o escândalo no começo do ano, durante a preparação da Inglaterra para a Copa. O técnico Fabio Capello então decidiu retirar a faixa de capitão de Terry. O zagueiro até tentou fazer as pazes com Bridge quando os dois se encontraram no jogo entre Chelsea e Manchester City, mas o seu aperto de mão foi ignorado. O lateral que fez o mesmo com a convocação para a seleção, recusando ir para a Copa.
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