UOL Esporte Top 5

Top 5 - Saída de R. Carlos expõe relação turbulenta da Fiel com os craques

A saída do lateral esquerdo Roberto Carlos do Corinthians foi confirmada neste sábado na coletiva de imprensa do presidente Andrés Sanchez. O adeus prematuro de mais um craque do time alvinegro explicita um problema clássico e histórico: a relação turbulenta da Gaviões da Fiel - principal facção organizada do clube - com os seus ídolos. O UOL Esporte listou o caso do pentacampeão mundial e mais outros quatro exemplos logo abaixo.

Rivellino (1974): 'obrigado' a sair pelo Palmeiras

Um dos maiores ídolos do time corintiano na década de 70, Rivellino passou de herói a vilão após a derrota na final do Paulista de 1974 para o rival Palmeiras.

Carente de títulos desde 1954, o torcedor acreditava que essa seria a oportunidade da reviravolta. Os corintianos precisavam apenas de um empate, mas perderam por 1 a 0, com uma péssima atuação de Rivellino.

A permanência do então camisa 10 da equipe tornou-se insustentável após ingerência de parte da torcida alvinegra. A diretoria do time negociou Rivellino para o Fluminense, onde também se tornou referência.

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Edílson (2000): perseguido pela torcida pelas 'baladas'

Estrela do Corinthians na conquista do Mundial de Clubes, em janeiro de 2000, o jogador caiu em desgraça com a Gaviões da Fiel meses depois. Edílson foi chamado de "chinelinho e baladeiro" por um grupo de torcedores da principal facção organizada.

A situação se agravou quando Edílson optou por não bater um dos pênaltis na semifinal da Libertadores contra o arquirrival Palmeiras - o Corinthians foi eliminado na ocasião. Na mesma semana, o jogador foi encurralado no Parque São Jorge e ficou sem clima para permanecer, sendo transferido para o Flamengo pouco depois.


Ricardinho (2002): mercenário por ir para o São Paulo?

Em alta e um dos ídolos da torcida, Ricardinho foi convocado em 2002 pelo técnico Luiz Felipe Scolari para integrar o grupo que conquistou o penta para a seleção.

Só que o meio-campista decidiu aceitar uma proposta de RS 2 milhões (a maior transação da história do futebol brasileiro até então) do arquirrival São Paulo, o que gerou a ira dos torcedores corintianos.

Por isso, o resultado não poderia ser diferente: no primeiro encontro entre as duas equipes, a torcida do Corinthians estendeu uma faixa com o dizer 'mercenário', manifestando sua raiva com Ricardinho.


Tevez (2005): Caso de amor e ódio com o Corinthians

A relação de amor e ódio com os ídolos também envolveu Carlitos Tevez, principal destaque no título Brasileiro de 2005. Cobrado pelos maus resultados da equipe no Nacional de 2006, o atacante protestou, fazendo gol "cala a boca" em direção à torcida.

A provocação não foi digerida por integrantes de uniformizadas, que chutaram o automóvel de Tevez. O argentino temeu pela integridade da filha e exigiu à diretoria do Corinthians para que fosse negociado, acertando transferência para o West Ham da Inglaterra.


Roberto Carlos (2010): saída após ameaças e perseguições

Apontado como um dos culpados por não estar em campo na partida que culminou na eliminação do Corinthians para o Tolima na Pré-Libertadores (alegou não estar em condições de jogo), Roberto Carlos se queixou para a diretoria das ameaças e perseguições que recebeu da facção organizada Gaviões da Fiel.

A diretoria tentou demover o jogador da ideia, mas Roberto Carlos foi irredutível e pediu a rescisão de contrato alegando não ter mais condições de viver em segurança no Brasil, o que será concretizado nos próximos dias devido à complexidade das negociações.


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