UOL Esporte Top 5

Top 5- Com fraco desempenho, Cruzeiro, Atlético-MG e América transformam Minas em coadjuvante no Brasileiro

Desde 2005, ano em que o Atlético-MG foi rebaixado para a Série B e o Cruzeiro terminou em oitavo lugar, os dois rivais mineiros não viviam, ao mesmo tempo, fase tão ruim no Campeonato Brasileiro como agora. Com três representantes na edição 2011, que abre nesta quarta-feira a sua 14ª rodada, Minas tem se comportado como coadjuvante. O time celeste, o melhor do estado, é só 9º colocado, com 18 pontos em 39 possíveis (aproveitamento de 46%), numa campanha longe de sua tradição, enquanto o alvinegro ocupa a 14ª posição, com 14 pontos e rendimento de 36%. A situação americana é pior ainda: lanterna com oito pontos e performance de 21%. Dessa forma, o tradicional futebol mineiro está em baixa no Brasileirão, que vem sendo dominado por clubes do eixo Rio-São Paulo. O UOL Esporte levanta cinco motivos que ajudam a explica o mau momento mineiro.

Novos contratados não rendem o desejado pelos clubes

Washington Alves/Vipcomm

Os três times de Minas iniciaram o Campeonato Brasileiro apostando na remontagem do elenco e foram ao mercado buscar reforços. O Atlético-MG contratou sete jogadores, muitos deles, como o volante Dudu Cearense e o atacante Guilherme não renderam o esperado pelo alto investimento. O rival Cruzeiro contratou menos ? quatro ?, mas convive com o mesmo problema. Brandão, principal reforço do ataque não se firmou e não é titular, o zagueiro Cribari e o volante Charles ainda não estrearam. Já o América-MG trouxe mais de um time de reforços, após o Campeonato Mineiro, sem conseguir apresentar bom futebol


Impossibilidade de repetição dos times titulares

Bruno Cantini/site oficial do Atlético-MG

Os técnicos que comandam as equipes mineiras encontram a mesma dificuldade em comum: não conseguir repetir a mesma equipe titular. No Cruzeiro, Joel Santana conseguiu o feito apenas nos dois primeiros jogos. Nas últimas rodadas vem sendo obrigado a fazer alterações, principalmente nas laterais e no meio de campo. Do lado atleticano, Dorival Júnior ainda não repetiu o mesmo time titular em duas rodadas seguidas, seja por lesão, suspensão ou opção do treinador. Dois esquemas diferentes também já foram testados. O mesmo problema acontece no América, seja com Mauro Fernandes ou Antônio Lopes, que já perderam seus cargos. A esperança agora é Givanildo Oliveira


Ataques têm sido pouco produtivos

Neco Varella/Agência Freelancer

Os três representantes mineiros estão entre os dez times que mais finalizam no Campeonato Brasileiro, porém, encontram problemas na hora de balançar as redes. O Atlético-MG lidera esse quesito, de acordo com o Datafolha, porém, os muitos chutes não são transformados em gols. O time, que finaliza, em média 17,7 por jogo, marcou apenas 17 gols em 13 jogos, e só Magno Alves tem marcado com regularidade. Já o Cruzeiro, 10º, conclui 13,3, em média, e assinalou 15 tentos, e vive um dilema para encontrar companheiro de Wallyson. Já o America possui o pior ataque, com 12 gols e o artilheiro Fábio Júnior só fez dois gols.


Variações frequentes nos esquemas táticos

Washington Alves/VIPCOMM

Sem o rendimento esperado das equipes mineiras ao longo do Campeonato Brasileiro, os treinadores optam por modificações nos sistema táticos utilizados, que, nem sempre respondem ao esperado. Atlético e América vivem o dilema de escalarem o time tanto no 4-4-2 quanto no 3-5-2. Nos dois casos, o rendimento dos times não melhoraram. Já o Cruzeiro adota o 4-4-2 e o 4-5-1, como opções. Joel Santana trabalha com três ou quatro volantes, modificando principalmente a armação do time.


Carências crônicas em determinadas posições

Bruno Cantini/site do Atlético-MG

Apesar das muitas contratações durante toda a temporada, Atlético, Cruzeiro e América mostram em suas equipes carências crônicas em algumas posições. Os dois primeiros rivais lutam com problemas nas laterais e apostam muitas vezes em improvisações para tentar a solução. A lista dos tradicionais adversários nessa posição é extensa. Rafael Cruz, Patric, Roger, Leandro, Guilherme Santos, Eron, Richarlyson e Wesley, entre especialistas e improvisações, pelo alvinegro, enquanto no lado celeste a lista engloba Pablo, Vítor, Marquinhos Paraná, Leandro Guerreiro, Diego Renan, Gilberto e Everton. Já o América encontra problema no ataque, com seus atacantes produzindo abaixo do esperado, principalmente Fábio Júnior, destaque no ano passado.


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