Os Jogos Olímpicos de Londres chegaram ao fim e, com um novo ciclo começando até o Rio-2016, chega também a hora de muitos atletas repensarem suas carreiras. Entre os praticantes de lutas, o crescimento de eventos como o UFC trouxeram com força a possibilidade de uma transição para as artes marciais mistas, o MMA, que hoje tem maior exposição e também rende boas propostas financeiras. Isso ocorreu após Pequim-2008, com nomes como Daniel Cormier e Ronda Rousey, e tem tudo para se repetir. O UOL Esporte separou alguns atletas que já estudam esta mudança, entre brasileiros e gringos. Confira:
Se depender dos irmãos medalhistas em Londres, o momento não é agora, mas o desafio no MMA vai chegar. Afinal, como eles diriam não ao pai, o veterano lutador Touro Moreno? O chefe do clã Falcão foi pugilista e também participou de vale-tudo. Aos 76 anos, nunca se aposentou oficialmente e tem como grande destaque na sua carreira um empate com Waldemar Santana, competidor famoso por ter vencido Hélio Gracie, maior expoente da família que criou o jiu-jítsu brasileiro. Tanto Esquiva, prata, quanto Yamaguchi, bronze, deixaram no ar uma definição sobre o futuro e aguardam propostas.
Irmãos Falcão estudam entre o MMA e 2016
Diante de Mayra Aguiar, uma das brasileiras favoritas ao ouro no judô, a norte-americana Kayla Harrison mostrou fibra e venceu, para em seguida se sagrar campeã olímpica em Londres. A judoca não garantiu presença no Rio-2016, justamente porque está estudando seguir os passos de Ronda Rousey, medalhista em Pequim-2008 e hoje campeã do Strikeforce. Não é coincidência que elas foram parceiras de treino e Kayla inclusive viajou à China há quatro anos para ajudar na preparação da musa do MMA. Agora, pode chegar a hora dela imitar os passos da colega.
Kayla superou abuso sexual antes do ouro
A luta olímpica é um esporte de extrema tradição nos EUA e vários lutadores já foram dela, chamada por lá de wrestling, para o MMA. É o caso de Randy Couture, Daniel Cormier e Chael Sonnen, por exemplo. Em Londres, um dos destaques foi Jordan Burroughs, campeão olímpico na categoria até 74 kg. Ele já afirmou o seguinte: "definitivamente quero ter um desafio lutando MMA". No entanto, sua vontade é se manter por mais cinco anos no wrestling antes de partir para a transição.
Logo na primeira edição dos Jogos com boxe feminino, a baiana Adriana Araújo conquistou seu lugar no pódio. Depois de sua conquista, a lutadora fez críticas duras à Confederação Brasileira e mostrou vontade de seguir carreira no boxe profissional ou no MMA. Pelo gosto, ela prefere se manter na nobre arte, mas, formada pelo técnico de Júnior Cigano, Luiz Dórea, Adriana pode acabar convencida a tentar a sorte nas artes marciais mistas. A baiana já é iniciada na luta de chão e em pé mostrou ter pegada, ficando perto de nocautear rivais em Londres.
Veja o que Adriana fala sobre o futuro
Um dos judocas que mais se destacou em Londres foi o norte-americano Travis Stevens. E não só por vencer Leandro Guilheiro, um dos favoritos de seu peso, mas por lutar cheio de faixas após se machucar em combate. No quesito raça, portanto, ele já está bem. E, se depender dele, realmente o MMA pode ser uma opção. Stevens já treina outras lutas, como forma de complementar sua preparação no judô. Como boa parte dos interessados, as boas ofertas financeiras são um dos motivadores para a possível mudança de modalidade.
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