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Nem tudo que reluz é ouro

Vasco e Palmeiras estão praticamente na final da Copa Mercosul. Venceram o River Plate e o Atlético Mineiro por 4 a 1. O Vasco joga a segunda partida em casa, e o Palmeiras, fora. Pelas características dos times, o paulista atua melhor fora que dentro de casa. A equipe marca muito bem e tem um ótimo contra-ataque.

Na Copa João Havelange, os times mais modestos e baratos estão muito melhores que os famosos e milionários. Não é um fenômeno recente. É uma realidade progressiva.

São vários os motivos: Os jogadores ficam ricos e famosos rapidamente; perdem a vontade de brilhar; sentem-se realizados e intocáveis. Mesmo jogando mal, continuam sendo convocados para a seleção.

O conjunto, a tática, o preparo físico e outras qualidades, se tornaram mais importantes que a individualidade. O fato não significa que a solução seja formar equipes modestas e baratas.

Precisamos reavaliar o conceito de craque. Para ser um excepcional jogador, o atleta precisa de habilidade, técnica, criatividade, preparo físico e algumas características emocionais. A técnica é o conjunto de fundamentos básicos. A habilidade é o uso da técnica, diante de um obstáculo.

Nem todo jogador habilidoso domina a técnica e é criativo. E vice-versa. A criatividade, sem a técnica e habilidade, é improdutiva.

No Brasil, existem muitos jogadores habilidosos, mas com muitos defeitos. São bons, mas não são craques.

Os verdadeiros craques ainda fazem a diferença. São raríssimos.

Muitos jogadores brasileiros desfrutam da fama conquistada em épocas anteriores. Precisamos ficar atentos.

Nem tudo que reluz é ouro.

Tostão escreve no UOL Esporte com exclusividade às quintas-feiras;
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P.Tostão, aproveito a oportunidade que o UOL dá e gostaria de saber sobre arbitragem. Considero um juíz central e dois bandeiras pouco. O futebol deveria seguir o exemplo de outros esportes. Quanto mais árbitros, menor a chance de erro. Você não acha?
Ewaldo Willerding Neto


R.Esse é um problema que precisa ser resolvido. Não sei qual seria o melhor esquema e número correto de juízes trabalhando em uma partida. O fato é que os erros estão muito frequentes e grosseiros. Em todo o mundo e não somente no Brasil. Espero que encontrem uma solução.


P.Tostão, antes, acompanhava até VT dos jogos. Dava gosto. Hoje, não consigo mais prestar atenção por 30 minutos. faltam jogadores cerebrais ou o posicionamento tático deixou o futebol desse jeito?
Luciano Rossi, de Curitiba


R.As duas coisas. Faltam jogadores excepcionais no futebol brasileiro. Existem muitos bons. Hoje, o posicionamento tático se tornou mais importante que a qualidade dos jogadores. É um erro. A tática, o preparo físico, o controle emocional e outras coisas, são necessárias, mas não podem ser mais importantes que o jogador.