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O melhor jogador do mundo

É preciso diferenciar o melhor jogador da temporada do melhor do mundo. Nem sempre o que está melhor é o melhor.

Se fôssemos escalar a seleção brasileira pelos melhores da semana, do semestre, do ano ou dos últimos anos, seriam bem diferentes. Dizem que o futebol é momento. Nem sempre.

É importante analisar a situação, como também a atuação dos jogadores nos últimos anos. Para se fazer uma análise correta de um jogador, técnico ou profissional de qualquer área, é necessário uma abordagem de toda sua trajetória.

Figo, Zidane e Rivaldo foram os três previamente selecionados. Figo foi o melhor jogador da temporada e merece o título. Não significa que ele é o melhor. Na minha opinião, o melhor é o Zidane.

Desde 95, o jogador francês brilha nos gramados. Atingiu o ápice em 98 e não somente na Copa, quando foi o principal jogador da França campeã do mundo. Depois de eleito, se contundiu, caiu de produção e perdeu a regularidade. Está recuperando seu excelente futebol.

Além de eficiente, Zidane é o mais inteligente jogador do mundo. Atua com a cabeça em pé, tem grande domínio da bola, passa bem e tem ampla visão de jogo. Por outro lado, não finaliza como Rivaldo, nem tem a velocidade do Figo.

Rivaldo foi o melhor do ano passado, mas também caiu de produção. Todos os eleitos pioram. A coroa é pesada e cheia de espinhos. Após o título, sentem-se realizados e enfastiados com a glória. São muito cobrados. Exigem deles um futebol perfeito.

Figo é veloz, chuta, passa e dribla bem. É excepcional jogador, mas não tem a criatividade e inteligência do Zidane, nem a precisão da finalização do Rivaldo.

Sempre é escolhido um jogador que atua na Europa. A culpa não é da Fifa. A eleição é feita por técnicos de seleções de todo o mundo, inclusive do Brasil. Como a maioria não acompanha o futebol sul-americano, vota sempre nos europeus.

Romário, Riquelme e outros, brilharam nos gramados latinos esse ano. Principalmente o Romário.

Cada internauta deve ter sua preferência. Eleja o seu.


Tostão escreve no UOL Esporte com exclusividade às quintas-feiras;
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P.Gostaria que você opinasse sobre o fato de uma mesma empresa patrocinar mais de um time (exemplo: a Hicks Muse, no Corinthians e no Cruzeiro). Na minha opinião, deveria patrocinar apenas um time de cada país.
Valdomiro Mantovani


R.Num país com o capitalismo estabilizado, como os Estados Unidos, onde as pessoas acreditam que o futebol é um negócio rentável e bom para todos, seria incompreensível não aceitar que uma empresa dirigisse dois clubes. No Brasil atual, é diferente. Ninguém acredita na seriedade dos negócios e logo vão duvidar e achar que existe alguma maracutaia nisso. Portanto, é uma questão difícil de solucionar. A proibição certamente diminuirá os investimentos no futebol.


P.Os técnicos de futebol, com seu anseios e receios, conseguem, de fato, inibir aquelas qualidades natas dos garotos vindo dos campos de várzea, do terrão, ou seja, aquela coisa alegre do drible, do chapéu, do drible da vaca, de passar a bola entre as pernas, do dom de iludir? Não é isso que decide jogo e o deixa muito mais bonito e atrante?
Almir Machado


R.O ideal é unir a criatividade, habilidade e a descontração com a disciplina e organização em campo. Nos últimos tempos, foi hipertrofiada a arte tática e disciplinar, em detrimento da qualidade individual. Grande erro.