Brasileiro Alexandre Ribeiro vence o Ultraman no Havaí
Da Redação
Em São Paulo
O brasileiro Alexandre Ribeiro, de 38 anos, entrou para a história do triatlo mundial ao conquistar neste domingo, na ilha de Kailua-Kona, em Big Island, Havaí, o título do Campeonato Mundial de Ultraman, considerado o maior desafio de triatlo de resistência do planeta.
Após três dias de prova e um total de 515km percorridos, Ribeiro completou o difícil percurso em 22h20min26. Em segundo e terceiro lugar ficaram, respectivamente, o canadense Tony O'Keefe (23h41min05) e o norte-americano Thomas Rodgers (25h02min34). Esta foi a primeira vez que o brasileiro disputou uma prova de Ultraman, assim como foi a primeira vez que um atleta latino-americano venceu o Mundial da modalidade, que este ano comemorou sua vigésima edição.
Ribeiro liderou os três dias de prova. Na sexta, ele fez o terceiro melhor tempo nos 10km de natação (2h40min30) e a melhor marca dos 145km de ciclismo (5h04min06), completando a primeira etapa em 7h44min36.
Na segunda etapa, realizada no sábado, ele liderou de ponta a ponta, completando os 276km restantes do ciclismo em 7h55min, mesmo sendo forçado a parar duas vezes para trocar um pneu furado e fazer reparos na bicicleta. Ao final do segundo dia, o tempo total do brasileiro, somando-se a natação e o ciclismo era de 15h39min, considerado excelente para as distâncias vencidas até então.
No domingo, Ribeiro já amanheceu sonhando com o título inédito para o Brasil e, apesar das fortes dores que sentia pelo corpo, voltou a ter uma bela performance, mantendo-se na liderança durante todo o percurso da corrida de 84km -o equivalente a duas maratonas-, completados em 6h40min.
Além das ultradistâncias, no Mundial de Ultraman os atletas enfrentam condições climáticas muito adversas, com variações bruscas de temperatura, muita umidade, chuva e ventos fortes, que aumentam ainda mais o grau de dificuldade da competição. Se os dois primeiros dias de prova foram debaixo de chuva e até frio nos trechos mais altos -o percurso de ciclismo vai do nível do mar a 2 mil metros de altitude-, no domingo às 6h30h (horário local), na largada, os competidores já sabiam que teriam mais um longo e difícil dia pela frente, mas desta vez debaixo de muito sol e calor, com temperaturas em torno dos 36º C.
"Apesar de a corrida ser meu ponto forte, foi sem dúvida a etapa mais difícil de toda a prova. Eu já estava cansado e muito desgastado pelo esforço dos dois dias anteriores. O sol forte e a umidade castigaram muito e, pra completar, sofri com muitas bolhas de sangue na sola dos pés. Mas todo sacrifício compensa a conquista de um título mundial e inédito para o meu país. Estou muito feliz e aliviado por ter cruzado em primeiro e com um excelente tempo logo na minha estréia na prova", declarou o brasileiro, logo após cruzar a linha de chegada.
Alexandre Ribeiro, especialista em provas de longas distâncias, foi um dos precursores do triatlo no Brasil, ao lado de nomes como Fernanda Keller, Roger de Moraes e Carlos Dolabella. Hoje, com mais de 20 anos de carreira e dez mundiais de Ironman (3,8km de natação, 180km de ciclismo e 42km de corrida) na 'bagagem', ele detém o recorde brasileiro do Campeonato Mundial de Ironman -disputado no mesmo local- com o tempo de 8h49min15, alcançado em 1993.
Também pertence a ele o recorde brasileiro do Ironman Brasil, com 8h39min58, na edição 2001 do evento, em Florianópolis. O atleta é ainda o atual recordista mundial na categoria dupla do famoso desafio de ciclismo Race Across América, com a marca de 7 dias e 9 horas, em 4.860km percorridos.
Em São Paulo
O brasileiro Alexandre Ribeiro, de 38 anos, entrou para a história do triatlo mundial ao conquistar neste domingo, na ilha de Kailua-Kona, em Big Island, Havaí, o título do Campeonato Mundial de Ultraman, considerado o maior desafio de triatlo de resistência do planeta.
Após três dias de prova e um total de 515km percorridos, Ribeiro completou o difícil percurso em 22h20min26. Em segundo e terceiro lugar ficaram, respectivamente, o canadense Tony O'Keefe (23h41min05) e o norte-americano Thomas Rodgers (25h02min34). Esta foi a primeira vez que o brasileiro disputou uma prova de Ultraman, assim como foi a primeira vez que um atleta latino-americano venceu o Mundial da modalidade, que este ano comemorou sua vigésima edição.
Ribeiro liderou os três dias de prova. Na sexta, ele fez o terceiro melhor tempo nos 10km de natação (2h40min30) e a melhor marca dos 145km de ciclismo (5h04min06), completando a primeira etapa em 7h44min36.
Na segunda etapa, realizada no sábado, ele liderou de ponta a ponta, completando os 276km restantes do ciclismo em 7h55min, mesmo sendo forçado a parar duas vezes para trocar um pneu furado e fazer reparos na bicicleta. Ao final do segundo dia, o tempo total do brasileiro, somando-se a natação e o ciclismo era de 15h39min, considerado excelente para as distâncias vencidas até então.
No domingo, Ribeiro já amanheceu sonhando com o título inédito para o Brasil e, apesar das fortes dores que sentia pelo corpo, voltou a ter uma bela performance, mantendo-se na liderança durante todo o percurso da corrida de 84km -o equivalente a duas maratonas-, completados em 6h40min.
Além das ultradistâncias, no Mundial de Ultraman os atletas enfrentam condições climáticas muito adversas, com variações bruscas de temperatura, muita umidade, chuva e ventos fortes, que aumentam ainda mais o grau de dificuldade da competição. Se os dois primeiros dias de prova foram debaixo de chuva e até frio nos trechos mais altos -o percurso de ciclismo vai do nível do mar a 2 mil metros de altitude-, no domingo às 6h30h (horário local), na largada, os competidores já sabiam que teriam mais um longo e difícil dia pela frente, mas desta vez debaixo de muito sol e calor, com temperaturas em torno dos 36º C.
"Apesar de a corrida ser meu ponto forte, foi sem dúvida a etapa mais difícil de toda a prova. Eu já estava cansado e muito desgastado pelo esforço dos dois dias anteriores. O sol forte e a umidade castigaram muito e, pra completar, sofri com muitas bolhas de sangue na sola dos pés. Mas todo sacrifício compensa a conquista de um título mundial e inédito para o meu país. Estou muito feliz e aliviado por ter cruzado em primeiro e com um excelente tempo logo na minha estréia na prova", declarou o brasileiro, logo após cruzar a linha de chegada.
Alexandre Ribeiro, especialista em provas de longas distâncias, foi um dos precursores do triatlo no Brasil, ao lado de nomes como Fernanda Keller, Roger de Moraes e Carlos Dolabella. Hoje, com mais de 20 anos de carreira e dez mundiais de Ironman (3,8km de natação, 180km de ciclismo e 42km de corrida) na 'bagagem', ele detém o recorde brasileiro do Campeonato Mundial de Ironman -disputado no mesmo local- com o tempo de 8h49min15, alcançado em 1993.
Também pertence a ele o recorde brasileiro do Ironman Brasil, com 8h39min58, na edição 2001 do evento, em Florianópolis. O atleta é ainda o atual recordista mundial na categoria dupla do famoso desafio de ciclismo Race Across América, com a marca de 7 dias e 9 horas, em 4.860km percorridos.
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