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Virgílio de Castilho treina para seletiva no Havaí

26/03/2004 16h49

Da Redação
Em São Paulo

O triatleta carioca Virgílio de Castilho embarca neste sábado para a ilha de Kona, no Havaí, onde fica durante duas semanas treinando. O objetivo é a adaptação ao fuso horário, já que ele disputa a primeira seletiva olímpica no dia 11 de abril em Ishigaki, no Japão. Virgílio é o primeiro brasileiro a viajar para as seletivas. Depois da prova no Japão, haverá mais duas etapas que definem as vagas, no México e na Ilha da Madeira (Portugal).

"Escolhi o Havaí porque é o lugar onde o fuso é o menor em relação ao Japão, apenas três horas, além de ser a capital mundial do triatlo, sede do Mundial de Ironman. Estou indo com duas semanas de antecedência para me adaptar o máximo possível. Tenho que estar tranqüilo e descansado para competir bem", declara Virgílio, de 28 anos.

Depois da primeira seletiva, o atleta vai para San Diego, nos Estados Unidos, onde continua seu treinamento para as outras duas seletivas. Lá ele irá encontrar com Mariana Ohata e dois de seus adversários na luta pelas vagas: Paulo Miyasiro e Leandro Macedo.

Os quatro treinarão juntos durante duas semanas para competir no México, onde será realizada a segunda seletiva, no dia 25 de abril, em Mazatlan.

"Essas duas primeiras seletivas são muito importantes para mim, pois pretendo ficar entre os top ten em cada etapa para ficar bem colocado no ranking da ITU", revela Virgílio.

Seguindo viagem, Virgílio irá direto para Lisboa, em Portugal, onde fica mais duas semanas treinando. A última seletiva, dia 08 de maio na Ilha da Madeira, Portugal, é o Campeonato Mundial de Triathlon, quando serão definidas, finalmente, as vagas olímpicas.

"O que vai decidir a minha boa performance no exterior vai ser a minha disciplina e o meu estado psicológico, já que vou ficar 40 dias fora de casa. Pretendo dar o máximo de mim, estou acreditando muito que posso ser o melhor", declara o atleta, entusiasmado e determinado.

Os nomes dos brasileiros que irão disputar estas seletivas foram definidos em dezembro: Carla Moreno (10a), Mariana Ohata (11a), Sandra Soldan (13a), Leandro Macedo (26o), Juraci Moreira (35o), Paulo Miyasiro (62o) e Virgílio de Castilho (77o), os sete brasileiros entre os 100 primeiros do ranking mundial.

Segundo o critério adotado pela Confederação Brasileira de Triathlon - CBTri, os brasileiros que terminaram 2003 entre os 100 melhores do ranking mundial estão habilitados a participar das três provas internacionais seletivas para Atenas.

Entre as mulheres, Mariana Ohata, Carla Moreno e Sandra Soldan praticamente asseguraram suas vagas. Como as três estão entre as 20 melhores do ranking mundial, tudo indica que o Brasil garantirá três vagas - o máximo que um país poderá ter no triathlon na Olimpíada de Atenas é de três no feminino e três no masculino.

Esta situação será definida no dia 8 de maio, data do Campeonato Mundial de Triatlo 2004, na Ilha da Madeira, Portugal. Portanto, as três devem continuar competindo em provas internacionais, para fazer a manutenção de seus pontos no ranking.

O número de vagas a que um país tem direito é estipulado de acordo com a classificação de seus atletas no ranking masculino e feminino, separadamente. Quanto mais atletas bem posicionados(as) no dia 8 de maio, mais vagas o país terá. Na situação de hoje, o Brasil estaria entre os países que teriam direito a este máximo de vagas (seis - três no masculino e três no feminino).

O brasileiro mais bem colocado no ranking mundial em 8 de maio terá sua vaga garantida, enquanto as duas outras vagas (se o Brasil conseguir o número máximo de vagas, que são três no masculino e três no feminino) serão preenchidas pelos atletas que obtiverem os melhores resultados nas seletivas. Além disso, a brasileira e o brasileiro mais bem colocados no ranking mundial em 8 de maio terão o privilégio de levar seus técnicos para chefiar, em Atenas, as equipes masculina e feminina.