Topo

Para presidente da Wada, Brasil tem de ser exemplo na luta contra o doping

Presidente da Wada, John Fahey, falou sobre as responsabilidades brasileiras para os Jogos-2016 - Andreu Dalmau/EFE
Presidente da Wada, John Fahey, falou sobre as responsabilidades brasileiras para os Jogos-2016 Imagem: Andreu Dalmau/EFE

Do UOL Esporte

Em São Paulo

09/12/2009 12h43

O presidente da Agência Mundial Antidoping, a Wada, John Fahey, deixou claro que o Brasil tem de assumir mais responsabilidades quando o assunto é doping, principalmente após o país se tornar sede dos Jogos Olímpicos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro. Para ele, os brasileiros têm de servir de exemplo na luta contra o uso de substâncias ilícitas no esporte.

“O fato de ser sede das Olimpíadas de 2016 dá ao Brasil uma responsabilidade extra, principalmente para assegurar que ele tenha um programa antidoping rigoroso para proteger a integridade do esporte”, afirmou Fahey, em entrevista ao jornal Lance.

Fahey revelou que a Wada tem auxiliado o Brasil a melhorar sua estrutura no combate ao doping. Só neste ano, foram 38 casos de doping envolvendo atletas brasileiros, com escândalos como o da Rede Atletismo, que teve atletas fazendo uso do estimulante EPO.

“O alto número de casos de doping no Brasil nos meses recentes parecem indicar que os controles têm sido, em certa medida, eficazes. Nenhum esporte e nenhum país são imunes a doping”, tranquilizou o dirigente.

O presidente da Wada afirmou que está a par dos problemas operacionais no laboratório Ladetec, o único credenciado pela entidade no país. A Wada já ser reuniu com representantes do Ladetec e do governo brasileiro para tomar as medidas necessárias “o quanto antes”, segundo Fahey.

John Fahey ainda comemorou o crescimento nos dez anos da entidade, já que foi neste período em que o doping começou a ser combatido com mais rigidez. “Temos de nos manter criativos e investir em educação para mudar as mentalidades e garantir que os incentivos para os atletas competirem limpos sejam melhores do que os incentivos para se dopar”, concluiu.