Levantamento vê "violações críticas" em 28 dos 107 estádios e ginásios analisados |
Verizon Center (Washington Wizards) | Fezes de ratos |
Sun Life Stadium (Miami Dolphins) | Limo acumulado no fundo de máquinas de frozen |
Rose Garden Arena (Portland Trail Blazers) | Carne crua e frutos do mar estocados sobre tacos prontos para comer |
Pepsi Center (Denver Nuggets/Colorado Avalanches) | Moscas encontradas dentro de uma garrafa de conhaque |
Madison Square Garden (New York Knicks/New York Rangers) | Em um único local foram achados 53 fezes de ratos |
Conseco Field House (Indiana Pacers) | Evidências de pestes e roedores vistos em dois estabelecimentos |
US Airways Center (Phoenix Suns) | Dúzias de moscas e uma barata viva entre os pratos |
Apesar de contarem com algumas das principais competições esportivas do planeta, a comida servida aos torcedores norte-americanos durante estas partidas não segue o mesmo nível de qualidade. Relatórios de inspeções sanitárias realizadas ao longo de um ano apontam “violações críticas” em 30 dos 107 ginásios e estádios inspecionados. Fezes de ratos, moscas dentro de garrafas e comida servida crua são alguns exemplos indigestos do que foi encontrado pelos fiscais nos estabelecimentos que servem aos fãs de esporte do país.
Para realizar o levantamento, a ESPN teve acesso a relatórios de órgãos responsáveis pela vigilância sanitária em diversos estados dos Estados Unidos e Canadá e encontrou inúmeras infrações em estabelecimentos dos principais sedes de basquete (NBA), futebol-americano (NFL), hóquei no gelo (NHL) e beisebol (MLB).
Segundo a pesquisa realizada pelo programa Outside The Lines, o estado da Flórida apresentou o maior número de violações em seus locais de jogos. Futura casa do badalado trio Dwyane Wade, Chris Bosh e LeBron James, o American Airlines Arena, registrou infrações em 93% das lojas que vendem alimentos durante os jogos da NBA.
No Verizon Center, casa do Washington Wizards, outra equipe da liga de basquete norte-americana, foram encontradas fezes de ratos em pelo menos dez estabelecimentos. Moscas, descaso com a limpeza, comida servida crua e baratas vivas também constam nos relatórios, bem como insetos misturados a bebidas alcoólicas e alimentos quentes mantidos a temperaturas inferiores a 57 graus ou servidos crus.
Hambúrgueres, cachorros-quentes, refrigerantes, sushis e outros alimentos manejados e estocados nessas condições favorecem a proliferação de bactérias que, se ingeridas, podem causar náuseas, enjoos, vômito ou diarreia. Segundo o professor Robert Buchanan, especialista em segurança alimentar da Universidade de Maryland, estes estabelecimentos raramente são denunciados porque os sintomas podem demorar dias ou semanas para aparecer.
Para ele, a produção de comida para grandes quantidades de pessoas, servidas às pressas e por funcionários pouco treinados são os principais motivos que colaboram com a má qualidade do serviço prestado.
Os donos das lojas se defendem afirmando que existe um exagero por parte dos fiscais. Para eles, algumas infrações consideradas graves não acarretam problemas sérios para o consumidor. Um cachorro-quente pré-cozido servido alguns graus abaixo do ideal, por exemplo, seria considerado uma violação grave, mas não prejudicaria a saúde dos compradores.
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