O ator Will Ferrell assopra uma vuvuzela durante cerimônia de premiação esportiva da ESPN
Dizem as academias de letras que uma língua deve sempre se atualizar de acordo com o uso que a própria população faz das palavras. Portanto, nada mais normal do que um estrangeirismo, milhões de vezes repetido ao redor do mundo inteiro, aquele que foi o som da última Copa do Mundo, seja incorporado a um dicionário de acadêmicos ingleses.
Esse foi o destino da palavra “vuvuzela”, que entrou, junto de outras 2.000 novas expressões, na nova versão do dicionário Oxford, feito pela famosa universidade homônima situada na Inglaterra, que anunciou a nova leva de inclusão de palavras na última quarta-feira.
Um porta-voz de Oxford disse que o dicionário, lançado em 1998, é baseado em evidências de como a língua é usada no dia-a-dia, se valendo de um grande banco de palavras e expressões que vão sendo registradas conforme o uso é relatado aos acadêmicos, numa realimentação constante deste imenso arquivo linguístico.
Logo, uma palavra tantas vezes repetida durante um evento da magnitude da Copa do Mundo, como a sul-africana “vuvuzela”, só poderia cair na boca do povo – literalmente – e, portanto, também adicionada ao dicionário, já que o termo cumpre com a exigência de que haja repercussão popular.
Outro indicador da popularidade do termo: filtrando-se a pesquisa do Google apenas para a língua inglesa, onde foi assimilada oficialmente, o número de ocorrências da palavra “vuvuzela” registrado pelo gigantesco mecanismo de buscas é de nada menos que 54 milhões de páginas, algo que poucos termos conseguem alcançar.
Evidências podem ser encontradas também em estádios, arenas, ginásios e quadras ao redor do mundo, já que muitos organizadores de eventos esportivos proibiram o uso de vuvuzelas – caso, por exemplo, do Torneio de Wimbledon (tênis), do Mundial de Basquete que será realizado na Turquia no fim de agosto, ou no UFC (torneio de vale-tudo).
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