Primeiros atletas garantidos em Londres-2012 vivem realidades diferentes no tiro
O tiro esportivo garantiu os dois primeiros atletas do Brasil em competições individuais para Londres-2012. Ana Luiza Mello e Filipe Fuzaro conseguiram a vaga depois de vencerem o Campeonato das Américas, no final de novembro. As semelhanças entre os dois representantes brasileiros, contudo, terminam aí. Fuzaro pratica o esporte desde a infância e precisa custear boa parte de sua preparação. Já Ana Luiza pratica o tiro há pouco mais de dez anos, e conta com o respaldo militar.
TIRO BRASILEIRO GARANTIDO EM LONDRES
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Ana Luiza Mello participa do Campeonato das Américas, no Rio, quando garantiu vaga em 2012
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Filipe Fuzaro se diverte depois de conseguir a sua vaga nas Olimpíadas na fossa olímpica double
Em novembro passado, o tiro esportivo foi responsável pela classificação dos primeiros atletas de competições individuais para Londres-2012. A carioca Ana Luiza Mello conseguiu a vaga na prova de pistola de 25m, em que é necessário acertar um móvel fixo, enquanto Filipe Fuzaro competirá na fossa dublê, onde o atleta precisa acertar alvos móveis (pratos). “É como comparar basquete e futebol. Os dois esportes são jogados com uma bola, mas são completamente diferentes”, comparou Fuzaro, que vive em Rio Claro, mas treina na cidade de Americana.
A introdução dos dois atletas à modalidade que deu o primeiro ouro olímpico da história ao Brasil também foi distinta. Fuzaro começou a atirar logo aos cinco anos de idade, por influência da família, uma vez que o pai e o avô eram praticantes da modalidade. Com o respaldo do pai, o paulista começou a disputar competições de tiro logo aos 12 anos de idade.
Ana Luiza começou mais tarde, em 1999, quando entrou para o exército e começou a praticar o tiro esportivo por influência do ex-marido. “É mais fácil um militar ser apresentado ao tiro porque o esporte é bastante praticado nas academias militares”, explica a atleta que desde o ano passado tem se dedicado exclusivamente ao esporte.
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Ana Luiza treina cerca de oito horas diárias em atividades que envolvem não apenas o tiro, mas também práticas aeróbicas e fundamentos técnicos. Representante brasileira também nos Jogos Mundais Militares, a carioca tem o apoio da instituição, que lhe permite tempo para os treinos e o uso da estrutura da academia militar.
Fuzaro, por sua vez, não conta com este apoio. Formado em administrador de empresas e dono de uma empresa de material para calçados, ele define o tiro esportivo como “um hobby levado a sério” e que terminou com uma vaga para Londres-2012. “A confederação me ajuda arcando com os custos de viagens para competições, mas isso não representa nem 10% dos meus gastos”, afirma o atirador que em 2011 aumentará a rotina de treinos visando as edições da Copa do Mundo e o Mundial de Tiro, competições que servirão para medir forças com os principais atiradores do mundo.
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