Embora não haja registro de vítimas entre os 254 mil brasileiros que vivem no Japão, o terremoto de 8,9 graus na escala Richter que atingiu o país na madrugada desta sexta-feira foi marcante para alguns atletas do Brasil que estão na Ásia. Veja a seguir o estado de alguns dos esportistas que estão no meio do caos japonês:
PILOTO REVELA QUE SENTIU TREMOR DENTRO DO CARRO
| João Paulo de Oliveira, campeão da Fórmula Nippon, stava fazendo testes no circuito de Suzuka, o mesmo que recebe a Fórmula 1. Como a área mais afetada foi no norte do Japão, ele não correu riscos, mas relatou o susto ao sentir o terremoto.
“Eu estava parado nos boxes, e normalmente dentro de um carro, por causa da trepidação, você não vai sentir um terremoto como se estivesse em pé, ou sentado em algum lugar. Realmente, o tremor foi tão forte que eu senti dentro do carro. Já passei por alguns casos de terremoto, já fiquei preocupado, mas hoje acho que foi o maior mesmo”, relatou o piloto à rádio Jovem Pan. |
BRASILEIROS FICAM PRESOS NO TRANSPORTE
O jogador brasileiro Alex Santos (f), que defendeu a seleção japonesa em duas Copas do Mundo, ficou preso por quatro horas em um trem bala Ele viajava de Nagoya para Sendai, uma das cidades mais atingidas pelo tremor. Segundo informou o Jornal de Maringá, ele já se comunicou com a mãe e disse que está bem, mas ainda não conseguiu deixar o local porque os trens deixaram de funcionar.
Já o atacante Carlão, do Kashima Antlers, ficou preso em um ônibus a caminho do estádio, segundo relatou seu empresário Jorge Baidek: "Consegui falar com ele por breves instantes, ainda dentro do ônibus, porque depois ficou sem rede. Ficou muito assustado e disse que naquele momento estavam presos. As comunicações estão muito lentas e ele me disse a situação estava muito complicada, mas que naquele momento estava bem". | |
JORGE WAGNER TENTOU, MAS NÃO CONSEGUIU SAIR DE TÓQUIO
| Em Tóquio, uma das cidades mais atingidas, o jogador Jorge Wagner, ex-São Paulo, relatou por volta das 12h30 de Brasília, pelo Twitter: “O prédio aqui não para de balançar”. Atleta do Kashiwa Reysol, ele lamentou o adiamento da rodada no Campeonato Japonês.
“Muita correria da população. Estávamos indo pra Osaka. Cancelaram a rodada do campeonato. Pegamos um terremoto muito forte”, relatou Jorge Wagner, que precisou interromper a viagem para voltar a Tóquio e se abrigar no escritório do time na cidade. |
NELSINHO BAPTISTA LEVA "SUSTO ENORME" NO TREM
Técnico do Kashiwa Reysol, time de Jorge Wagner, o brasileiro Nelsinho Baptista descreveu a sensação de estar dentro do trem-bala durante o terremoto junto com a delegação da equipe: "É um susto enorme, porque a gente está acostumado com alguns abalos, mas nunca tão forte como foi hoje. A gente estava viajando para Osaka no trem-bala, quando a gente foi surpreendido pelo balanço do trem".
"Parecia que a gente estava em um carrinho de caixa de fósforo, de tanto que balançava, e não tinha nem jeito de correr. A gente ficava olhando um para o outro dentro do trem, sem saber o que fazer. Acredito que foi coisa de três minutos, quase cinco minutos balançando forte, com as pessoas desesperadas na rua, tentando se segurar", disse o técnico em entrevista à Jovem Pan. | |
BUTTON MOSTRA PREOCUPAÇÃO COM A NAMORADA JAPONESA
| Jenson Button teve um dia difícil testando com a McLaren em Barcelona, e terminou o dia em penúltimo lugar nesta sexta-feira. A maior preocupação dele, no entanto, estava bem longe dali. Sua namorada, a modelo japonesa Jessica Michibata, demorou para dar notícias depois do terremoto, por causa da dificuldade de comunicação no Japão após a tragédia.
“Não conseguia falar com ela, porque as linhas de telefone não estavam funcionando no Japão. Só consegui entrar em contato pelo Twitter. Ela me mandou uma mensagem perguntando como foram os testes, e eu disse que isso não era a coisa mais importante no momento. Button disse que Jessica está bem. Ela estava fazendo uma sessão de fotos em um estúdio subterrâneo de Tóquio quando os maiores tremores atingiram o país. |
SHEILLA MOSTRA PREOCUPAÇÃO COM COLEGAS DO VÔLEI
| Jogadora da seleção brasileira, a oposta Sheilla está no Brasil, mas não escondeu a preocupação com outros brasileiros que disputam as ligas japonesas de vôlei. Pelo Twitter, ela mandou seu apoio: “Muito preocupada com Elisangela, Garay e Theo!!! Espero que estejam bem”. A ponteira Natália também mandou a sua mensagem: “Quero desejar muita força, e espero que nao tenha acontecido nada com nossos queridos amigos japoneses!!! Eia ai, a força da natureza!!” |
TIAGO FERNANDES LEVA SUSTO NA SAÍDA DO JAPÃO
Também pelo Twitter, o tenista Tiago Fernandes, de 18 anos, comentou o que sentiu durante a sua turnê pela Ásia: “Chegamos na China, sobrevivemos ao terremoto no Japão. Foi tenso. Estávamos no aeroporto de Osaka, começou a tremer tudo, mas a construção era boa. Os japoneses ficaram assustados”, disse o brasileiro, que disputou o Challenger de Kyoto nesta semana. | |
RODRIGO PIMPÃO RELATA TERROR COM TERREMOTO
| De Osaka, o atacante Rodrigo Pimpão, ex-Vasco, relatou que sentiu a terra balançar “por cerca de 20 segundos”. O jogador do Cerezo Osaka comentou a destruição no resto do país: “Em Osaka, cidade onde moro, só sentimos o terremoto. Lamentável a situação. É triste. O tsunami afetou várias cidades”, ressaltou. |
JOGADOR ARGENTINO RELATA: ‘CHÃO PARECIA DE PAPEL’
Em Yokohama, ao sul do epicentro do terremoto, o atacante argentino Pablo Bastianini, do Yokohama Marinos, relatou o que sentiu: “O chão começou a se mover como se fosse de papel. Foi uma situação horrível, nunca havia passado por isso. Aconteceu a 300 km de onde estou, mas deu para sentir muito. Estava com a minha mulher e meus filhos. Ficamos muito assustados, então procuramos um lugar aberto e fomos até uma praça”. |
PRESIDENTE DA FIFA MANDA “APOIO MORAL”
Joseph Blatter enviou uma mensagem a Junji Ogura, membro do comitê executivo da Fifa e presidente da Federação Japonesa de Futebol: “Acompanhei com tristeza as notícias da terrível tragédia ocorrida no seu país, e gostaria de expressar minha profunda simpatia ao povo japonês. Em nome da Fifa, desejo estender nosso apoio moral a todos e manifestar que nossos pensamentos estão com as vítimas, os feridos e as suas famílias”. |
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