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Com risco de ficar fora do Rio-2016, hóquei busca crescimento com diretor estrangeiro

Rafael Reis

Da Folhapress<br>Em São Paulo

22/03/2011 09h01

Procura-se um profissional motivado, com perfil de liderança, experiência em dirigir programas de desenvolvimento esportivo e trabalhos anteriores como técnico, de preferência em Copas do Mundo ou Jogos Olímpicos. Falar português ou espanhol é uma habilidade desejada, já que o contratado viverá no Rio e viajará extensivamente pelo Brasil. Os interessados devem enviar currículo até o dia 15 de abril.

É com um anúncio nessa linha, publicado no site da federação internacional, que a CBHG (Confederação Brasileira de Hóquei sobre a Grama e Indoor) pretende encontrar alguém capaz de colocar as seleções masculina e feminina em condições de estrear em Jogos Olímpicos.

Apesar de ser sede da Rio-2016, o país não está garantido no hóquei na grama na Olimpíada. A vaga depende da evolução da modalidade nos próximos anos - o basquete do Reino Unido passou por avaliação semelhante para disputar Londres-2012.

Por isso, a federação internacional sugeriu a contratação de um diretor de alta performance estrangeiro. A própria entidade irá indicar o nome mais apropriado entre os currículos recebidos.

"Conheço gente que poderia fazer essa indicação, porém estamos esperando eles. Mas podemos pedir outro nome", disse o gerente-geral da CBHG, Eduardo Leonardo.

Entre as atribuições do diretor, cujo contrato terá validade inicial até o fim do próximo ano, estará contratar técnicos, elaborar orçamentos e capacitar olheiros.

A CBHG tenta convencer a federação internacional a pagar a conta. "Não temos muitos recursos", lamentou Leonardo. Em 2010, a entidade recebeu R$ 904 mil da Lei Piva. O valor do repasse subiu para R$ 1,3 milhão neste ano.
 

Fiascos

A pouca expressão do hóquei na grama brasileiro ficou escancarada no Pan do Rio em 2007. As seleções masculina e feminina perderam todos os jogos que disputaram e sofreram goleadas históricas, como o 21 a 0 contra as mulheres da Argentina, potência do esporte. Também falharam na tentativa de se classificar para o Pan deste ano. A CBHG estima que existam no Brasil entre 2.000 e 3.000 praticantes da modalidade.