Forças Armadas pagam até R$ 3 mil mensais e superam valor médio do Bolsa Atleta
Cerca de 300 atletas da elite brasileira viraram militares. São aproximadamente 200 sargentos e cem marinheiros. Eles seguem regras de disciplina, de apresentação pessoal e têm horários a seguir. Aprendem até as instruções básicas de tiro. E recebem de R$ 1 mil a R$ 3 mil por mês das Forças Armadas para treinar, competir e dar aulas. O valor supera até o oferecido pelo Bolsa Atleta, em média.
ALGUNS ATLETAS QUE VIRARAM MILITARES
Valeskinha Vôlei | |
Anderson Vôlei | |
Joanna Maranhão Natação | |
Tales Cerdeira Natação | |
Erika Miranda Judô | |
Tiago Camilo Judô | |
Jadel Gregório Atletismo |
O programa do Ministério do Esporte desembolsa R$ 3,7 milhões mensais e beneficia 3.165 atletas (neste ano), média de R$ 1,1 mil por competidor. Já o Ministério da Defesa gasta cerca de R$ 600 mil mensais distribuídos por 300 nomes, média de R$ 2 mil por atleta.
Os novos sargentos e marinheiros das Forças Armadas do Brasil se candidataram ao programa desenvolvido pela Comissão Desportiva Militar e pelas confederações esportivas em busca de apoio mais duradouro. Com base em rankings das federações e no desempenho recente, os atletas foram recrutados pelas Forças Armadas e ganharam as patentes pelo período de um ano, renovável por mais sete anos.
Um dos principais atrativos (e interesse) do projeto está nos Jogos Mundiais Militares que acontecem neste mês, no Rio de Janeiro. A competição reúne cerca de seis mil atletas de 88 países inscritos. O Ministério da Defesa destinou R$ 60 milhões apenas para a fase de preparação dos times (equipamentos, viagens, logística...).
Cada modalidade é coordenada por um braço das Forças Armadas, mas os atletas que se tornaram militares o fizeram apenas por meio do Exército e da Marinha. No primeiro caso, o atleta ganha a patente de terceiro-sargento técnico temporário e recebe de R$ 2,8 mil a R$ 3 mil mensais. Na outra situação, ele torna-se marinheiro e ganha de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil.
Além de competir pelas Forças Armadas, os novos militares também têm outras obrigações. Eles assumem a função de monitores e dão aulas em cursos de formação de educação física. Antes, é claro, passam por um processo de militarização que dura 45 dias e inclui até prática de tiro.
Caso se atrasem ou não cumpram o combinado, os atletas são submetidos aos regulamentos disciplinares. No entanto, a ausência nas competições, por exemplo, costumam ser totalmente negociáveis caso o atleta esteja servindo à confederação de sua modalidade.
Nezinho e Arthur, da seleção masculina de basquete, são dois exemplos. Estão convocados para os Jogos Militares, mas dependem de liberação do técnico da seleção principal, Rubén Magnano. O time militar já aceita recebe-los durante só três dias para as disputas de quartas, semi e final.
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