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Ex-executiva do Banco Mundial será "número 2" no Esporte, anuncia o ministro Aldo Rebelo

Ministro Aldo Rebelo começa a mexer no  Esporte - Lula Marques/Folhapress
Ministro Aldo Rebelo começa a mexer no Esporte Imagem: Lula Marques/Folhapress

Do UOL Esporte

Em São Paulo

14/11/2011 17h34

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, divulgou nesta segunda-feira em entrevista coletiva três novos nomes de sua equipe executiva e a confirmação da saída de Wadson Ribeiro do cargo de secretário Nacional de Esporte, suspeito de má gestão de contratos assinados com ONGs em programas sociais.

ALDO BUSCA PERFIL TÉCNICO

Primeiro escalão de Aldo tem o perfil que a presidente Dilma Rousseff tentou dar a seu governo: mais técnico e menos político.

Sai Wadson  Ribeiro e entra a ex-diretora do Banco Mundial, Paula Pini, como secretária executiva e com a função de ser a gestora principal da pasta, abaixo do ministro Aldo Rebelo. Outros dois reforços anunciados por Rebelo são o embaixador Carlos Cardim (assessoria internacional) e o do vice-almirante Afonso Barbosa, indicado para secretário Nacional de Esporte, Lazer e Inclusão Social.

As primeiras mudanças na pasta ocorrem duas semanas após a vinda de Rebelo para o lugar do ex-ministro Orlando Silva, envolvido nas denúncias do militar João Dias, dono de uma ONG e delator de um esquema de propina dentro do Ministério do Esporte.

Segundo o militar, que também está sendo investigado, a propina beneficiaria o caixa de campanha do PC do B, mesmo partido de Orlando Silva, Aldo Rebelo e de outros funcionários nomeados.

O secretário-executivo, Waldemar Manoel Silva de Souza, e a chefe da assessoria internacional Ana Prestes, foram mantidos no emprego, mas sem comando administrativo.

As denúncias de desvio de dinheiro no Ministério do Esporte estão sendo investigadas pela Polícia Federal e chegaram até Wadson Ribeiro. Filiado do PC do B mineiro, Ribeiro teria facilitado a ação de ONGs, em Juiz de Fora, com objetivo de ampliar sua base política e garantir sua eleição municipal, em 2012.

Na lista de contratos suspeitos assinados na gestão de Orlando Silva está o Consórcio da Copa, que reune quatro empresas na missão de ajudar o Ministério na gestão da Copa 2014. O Tribunal de Contas da União já quis multar o secretário de Planejamento e Finanças, José Lincoln Daemon, por má gestão do dinheiro público.

Vários pagamentos foram feitos ao consórcio sem que os serviços prestados fossem devidamente auditados e confirmados. O valor do contrato começou em R$ 13 milhões e agora passa dos R$ 24 milhões. Até 2014, cerca de R$ 48 milhões serão gastos, apesar dos avisos dos auditores do TCU.

A posse dos novos executivos de Aldo Rebelo ainda não tem data marcada.