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Pão de Açúcar banca base científica de R$ 4 mi e abre para atletas e COB

Gustavo Franceschini

Em São Paulo

21/11/2011 13h57

O Pão de Açúcar lançou, nesta segunda-feira, o seu Núcleo de Alto Rendimento (NAR), espécie de centro de pesquisas esportivas que ficará em um terreno no Morumbi, bairro da cidade de São Paulo. Com um investimento de R$ 4 milhões, o grupo do empresário Abílio Diniz apresentou o projeto como uma parceria com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que poderá cedê-lo para atletas de qualquer modalidade.

A cerimônia contou com a presença de diversos esportistas patrocinados pelo Pão de Açúcar e outros tantos sem ligação com o grupo, além de muitos nomes de peso que já se aposentaram. Personalidades da política também foram convidadas. Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, prometeu apoio à iniciativa. Aldo Rebelo, ministro do Esporte, pediu que outras empresas seguissem o mesmo caminho.

O centro conta com equipamentos comprados no exterior para pesquisas e estudos sobre atletas de alto rendimento, envolvendo análise de índices biomecânicos e aplicação dos dados nos treinamentos. Há uma atenção especial para o atletismo, modalidade que já conta com o apoio do grupo há anos. Fabiana Murer e sua equipe técnica terá à sua disposição uma pista de treinos com um colchão aprovado pela Federação Internacional de Atletismo (Iaaaf).

Maurren Maggi é outra estrela do esporte que deve adotar o NAR do Pão de Açúcar como novo espaço de treinamentos. Só que a novidade não deve ficar restrita ao atletismo. Segundo Irineu Loturco, diretor técnico do Núcleo de Alto Rendimento, o centro é chancelado pelo COB, e vai receber quaisquer atletas que queiram seus serviços.

“Sempre falamos com eles desde o início. O NAR está aberto para todos os esportes que tiverem interesse. Somos uma espécie de base do COB em São Paulo”, disse Loturco, referindo-se ao trabalho que a entidade já mantém no Rio de Janeiro.

O Pão de Açúcar jura que não se trata de um projeto com fins lucrativos. Os R$ 4 milhões para a construção do espaço, segundo Loturco, foram investidos pelo próprio grupo, que agora conta com dois patrocinadores (Procter & Gamble e Marathon) e um projeto aprovado na Lei de Incentivo do Esporte para mantê-lo em funcionamento. O retorno para o valor inicial investido viria, segundo a empresa, pela exposição positiva de sua imagem atrelada à ideia.