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João Havelange é poupado de críticas por presidente do COI após renúncia na entidade

Havelange deixou o COI após 48 anos como membro da entidade - REUTERS/Oleg Popov/Files
Havelange deixou o COI após 48 anos como membro da entidade Imagem: REUTERS/Oleg Popov/Files

Das agências internacionais

Em Genebra (Suíça)

08/12/2011 17h22

Depois de renunciar como membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) e assim interromper todas as investigações que enfrentava por suborno, João Havelange foi poupado de críticas pelo presidente da entidade máxima do esporte Jacques Rogge.

MAIS SOBRE A RENÚNCIA DE HAVELANGE

O presidente de honra da Fifa João Havelange fez na terça-feira sua primeira aparição pública depois da renúncia do quadro de dirigentes do COI (Comitê Olímpico Internacional), oficializada pela entidade na última segunda. O cartola brasileiro participou no Rio de Janeiro da cerimônia de abertura do Footecon, congresso de futebol promovido pelo técnico Carlos Alberto Parreira. Leia mais

“Guardo minhas opiniões para mim. Recebi a demissão, que foi aceita pelo Comitê Executivo. Portanto, o Sr. Havelange já não é mais membro do COI. É agora uma pessoa privada”, afirmou o belga durante coletiva de imprensa ao final das reuniões do Comitê Executivo do COI, em Lausanne, na Suíça. O brasileiro, que ocupava o quadro da entidade desde 1963, foi acusado pelo Comitê de Ética do órgão de aceitar subornos durante sua gestão na Fifa, entre os anos de 1974 e 1998.

O dirigente, de 95 anos, corria o risco de ser suspenso, ou até expulso caso o comitê conseguisse provar que ele recebeu R$ 1 milhão da agência ISL, responsável pela comercializaçõa de produtos Fifa. A demissão, no entanto, evitou que o processo fosse levado adiante, pois Havelange deixou de ser um membro oficial do COI. As investigações haviam começado há seis meses.

Rogge também afirmou que as conclusões da Comissão de Ética sobre o caso não serão divulgadas, uma vez que se tratam de documentos confidenciais e não são tratados pelo Comitê Executivo. O presidente ainda disse que o departamento jurídico do COI considerará a possibilidade de transferir estas conclusões à Fifa.

Para fechar a discussão sobre o assunto, Rogge aproveitou para afirmar que, "durante todo o processo, o COI provou que respeita suas regras e atua com um comportamento ético, que não hesita em agir quando as circunstâncias assim exigem”.

Os outros dois membros do COI que também foram acusados por envolvimento com a ISL receberam apenas advertências. Lamine Diack, presidente de Federação Intenacional de Atletismo (Iaaf) e Issa Hayatou, presidente da Confederação Afriacana de Futebol, ganharam “cartão amarelo e podem seguir jogando”, segundo Rogge.