COI confirma aval a Nuzman no COB, mas diz que ele perderá cargo internacional aos 70
Consultado pelo UOL Esporte, o COI (Comitê Olímpico Internacional) confirmou que deu o aval a Carlos Arthur Nuzman para que ele seguisse à frente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), concomitantemente ao cargo de presidente do Comitê Organizador da Olimpíada do Rio de Janeiro-2016.
Só que no final deste ano, quando já tiver completado 70 anos, o dirigente terá mesmo de deixar a entidade-mor do esporte olímpico mundial, como já se esperava.
O aval do COI foi fundamental há uma semana, quando Nuzman apresentou sua candidatura em uma reunião do COB e assegurou sua reeleição na entidade. Antes de confirmar sua intenção de seguir no poder, o cartola leu aos presidentes de confederações um e-mail do COI a uma jornalista brasileira.
O documento tratava como “inverídica” a hipótese de que Nuzman estaria sofrendo pressão para optar pelo COB ou pelo Comitê Organizador da Rio-2016. Consultada pela reportagem, a entidade brasileira não divulgou detalhes nem o nome da jornalista que recebeu a mensagem. Nesta sexta, no entanto, o COI confirmou o conteúdo.
“O COI não expressou nenhuma objeção ao fato de o sr. Nuzman manter, simultaneamente, as suas posições de presidente no COB e do Comitê de 2016”, disse a entidade.
Só que o posto no próprio COI Nuzman vai perder no fim do ano, já que fará 70 anos em março. A exclusão é uma norma do atual regulamento da entidade. No ano passado, especulou-se que Nuzman agiu nos bastidores para mudar essa regra, sem sucesso.
A possibilidade de que ele sairia e ganharia um cargo na entidade também ganhou espaço e chegou a ser publicada pelo blog de Juca Kfouri, no início do ano. O COI não menciona nada sobre o futuro de Nuzman, mas confirma que ele será “jubilado” aos 70.
“O sr. Nuzman vai se retirar do COI no fim do ano em que ele completar a idade limite de 70 anos. Não há substituição automática ou cota para qualquer país. O novos membros são eleitos em sessão da entidade depois que as suas candidaturas são analisadas pela comissão especial e pelo Comitê Executivo”, disse a entidade.
Se nenhum brasileiro se candidatar e ganhar o pleito, o país ficará sem representantes no COI, mesmo a menos de quatro anos de sediar os Jogos Olímpicos. João Havelange, mais velho que Nuzman mas anterior à regra dos 70 anos, deixou a entidade no fim do ano passado após se ver ameaçado por denúncias de corrupção.
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