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Em carta à população, Aurélio Miguel diz que acusação de corrupção é perseguição

O vereador de São Paulo, Aurélio Miguel (PR), discute o caso Aref, em CPI na Câmara - Luiz Carlos Murauskas/ Folhapress
O vereador de São Paulo, Aurélio Miguel (PR), discute o caso Aref, em CPI na Câmara Imagem: Luiz Carlos Murauskas/ Folhapress

Do UOL, em São Paulo

16/02/2013 20h44

Em carta em seu blog à população de São Paulo, o vereador e judoca Aurelio Miguel (PR) afirmou que as acusações de aumento de seu patrimônio com corrupção são fruto de perseguição por conta de sua atuação na Câmara contra a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab. Ele defendeu que seu enriquecimento é resultado de herança e negócios imobiliários, sem relação com a sua atuação como político.

"Estou sendo vítima de uma perseguição política devido à minha conhecida atuação na Câmara Municipal contra a gestão anterior da Prefeitura de São Paulo, em especial contra o ex-Prefeito e, particularmente, contra gestões anteriores da Secretaria de Habitação. São acusações infundadas e vou me defender nos fóruns cabíveis", afirmou o ex-judoca do texto em seu site.

A "Folha de S. Paulo" revelou que o patrimônio do ex-atleta se multiplicou deste que foi eleito vereador em 2005 e soma atualmente R$ 25 milhões. Houve maior crescimento na época em que ele presidia CPI do IPTU, época em que é acusado de receber propina para liberar o funcionamento de shoppings. O Ministério Público o denunciou por corrupção.

ASSESSOR DA PRESIDÊNCIA DO SÃO PAULO CULPA A. MIGUEL POR ALAGAMENTO

  • Marcelo Camargo/Agência Brasil

    A tempestade que atingiu a capital paulista na tarde da última quinta danificou piscinas, um restaurante e uma sala de fisioterapia, além de outros setores da sede do São Paulo. Tudo isso causou um prejuízo até agora incalculável e uma interdição ainda sem previsão para acabar. Para o assessor da presidência do clube, José Francisco Manssur, há outros culpados além de São Pedro: o governo de São Paulo, a prefeitura e o vereador Aurélio Miguel (PR), que é conselheiro do São Paulo. VEJA

"Na acusação, o cálculo que aponta suposto crescimento exagerado de meu patrimônio está recheado de vícios e incongruências que distorcem os valores e levam a conclusões equivocadas. Reforço que esses erros serão questionados nos fóruns adequados", rebateu Aurélio.

Segundo ele, o crescimento do seu patrimônio começou antes de sua eleição como vereador. Afirmou que é fruto de sua atuação no ramo imobiliário, com aporte de bens de família. Assim, explicou ele, tem ganhos bens superiores aos que obtém como político.

Por fim, defendeu que era o responsável pela investigação de Hussain Aref Saab, ex-funcionário da Secretaria de Habitação da Prefeitura de São Paulo, acusado de receber propina para liberá alvarás para estabelecimentos comerciais.

"Essa tentativa de manchar o meu nome não irá arrefecer a minha luta permanente por uma maior fiscalização do Executivo Municipal. Quem conhece a minha história como político e como atleta sabe que jamais desistirei dos meus ideais e irei até o fim na defesa da minha honra", completou na carta.