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P. Amorim aponta revanchismo político em fim de modalidades no Fla

Patrícia Amorim abraça César Cielo: ex-presidente incentivou esportes olímpicos - Fernando Azevedo/Fla Imagem
Patrícia Amorim abraça César Cielo: ex-presidente incentivou esportes olímpicos Imagem: Fernando Azevedo/Fla Imagem

Do UOL, no Rio de Janeiro

07/03/2013 10h44

Forte defensora das modalidades olímpicas durante sua gestão, a ex-presidente do Flamengo Patrícia Amorim se manifestou firmemente sobre a decisão da atual diretoria de extinguir as equipes profissionais de ginástica, natação e judô. Em entrevista concedida ao jornal O Globo, a cartola classificou a medida como revanchismo da administração liderada pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello.

“Tem um lado de revanchismo. Não tenho dúvida. O Flamengo tinha modalidades olímpicas campeãs. Eles [atual diretoria] adoram falar do modelo do Minas e do Pinheiros, mas o Flamengo é o atual campeão brasileiro de natação e de ginástica, títulos conquistados na minha gestão. Agora, nem disputará”, disse Patrícia Amorim à publicação.

Patrícia Amorim tem histórico ligado aos esportes olímpicos há muitos anos. A ex-presidente fez carreira como nadadora até os 25 anos, tendo até mesmo disputado as Olímpiadas de Seoul, em 1988. Além disso, defendeu o clube da Gávea na modalidade. Como dirigente, usou como bandeira política modalidades como a ginástica e a natação. Na segunda, investiu pesado para trazer César Cielo, um dos principais nomes das piscinas no mundo.

A ex-presidente também criticou a escolha das modalidades a serem cortadas. Segundo Patrícia, a atual diretoria utilizou um viés político na decisão e manteve equipes coletivas, teoricamente mais caras que as individuais que foram encerradas.

“As modalidades cortadas foram todas individuais. Mas, sabe-se que as coletivas gastam mais. O vice-presidente [de esportes olímpicos, Alexandre Póvoa] manteve o polo aquático pelos apoios que recebeu de lá”, afirmou Patrícia, que condenou a decisão de cortar equipes profissionais dos esportes individuais. “O Flamengo é um clube de competição, não de escolinha. É assim desde a fundação”, disparou.

Além de todo o lado político envolvido, a ex-presidente ainda apontou outro suposto problema na decisão da atual diretoria. Segundo ela, remontar estas equipes no futuro, mesmo com o clube em melhor situação financeira, não será fácil.

“Quebrou-se um elo de confiança. Isso se propaga”, disse Patrícia. “Atletas desconfiam, pedem opinião, consideram o histórico. Tem um valor agregado nisso tudo”, encerrou.