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Ele foi o melhor do mundo no pebolim, mas pode virar milionário no pôquer

Billy Pappas, campeão no pebolim e finalista no mundial de pôquer - Reprodução/Facebook
Billy Pappas, campeão no pebolim e finalista no mundial de pôquer Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

09/10/2014 06h00

“Estou em choque”. É assim que o norte-americano William Pappaconstantinou reagiu ao saber que disputará a final do Mundial de Pôquer, em Las Vegas. Mas, mais chocado que ele deve ficar o público que não o conhece. Expliquemos: William, conhecido como Billy Pappas, não é só um candidato a campeão jogando cartas, ele já é um multicampeão em outro esporte, também pouco comum: o pebolim - ou totó, nome da modalidade em algumas regiões do Brasil. A diferença é que desta vez ele pode ganhar um prêmio de US$ 10 milhões, numa disputa que também conta com o brasileiro Bruno Foster.

Pois é, o esporte está no sangue da família Pappaconstantinou. E o que chama a atenção não é o fato de seu pai ter jogado golfe profissionalmente, mas de Pappas ter herdado o pebolim dele e, principalmente da mãe.

“O pebolim é uma coisa estranha. Se você joga um pouco e aprende algo, fica viciado. Meus pais jogavam e minha mãe ainda joga. É uma conexão legal que temos, eu e minha mãe somos muito próximos”, contou ele, ao site Poker News.

Quando descobriu seu talento, o norte-americano de Massachusetts teve de correr atrás de trabalhos paralelos para se manter. Um deles foi ser o dealer, dar as cartas no Rockingham Park Poker Room. Foi assim que o pôquer virou um trabalho e também um hobby. E foi quando um amigo transformou US$ 1 em US$ 27 mil que ele percebeu que podia melhorar de vida neste esporte, por volta de 2003.

Hoje com 29 anos, ele teve um início discreto, na brincadeira, mas logo no segundo torneio ele já ganhou US$ 15 mil. Em 2013, conquistou um prêmio de US$ 52 mil. Mas nada indicava que ele se daria tão bem e ganharia uma vaga na final do Mundial.

“Estou chocado”, disse ele, à ESPN. “Eu nunca achei que chegaria a este evento. Esse é meu sonho, sempre disse: este ano ou no próximo vou conseguir. Mas nunca esperei que fosse virar realidade.”

Billy Pappas é o único amador na mesa final, mas não larga o pebolim. Ele segue competindo no seu esporte original, e em momentos alternados, estuda e tenta aprimorar suas estratégias para o pôquer.

“Eu fui o melhor do mundo por quatro ou cinco anos e foi uma grande realização. Ser o melhor do mundo em qualquer coisa é legal. É claro que a grana não está no pebolim, mas é uma grande paixão. Mas o pôquer foi uma mudança de vida. Hoje posso garantir a vida da minha mãe, a sensação é ótima”, afirmou o norte-americano, sobre sua jornada dupla.

O Brasil está representado na final do Mundial de pôquer por Bruno Foster, o primeiro jogador do país a chegar tão alto no esporte. Paulista radicado no Ceará, Foster pode ganhar o maior prêmio individual de um brasileiro no mundo, já que o evento dá US$ 10 milhões ao vencedor - mais do que eventos tradicionais, como as 500 Milhas de Indianápolis e Grand Slams de tênis, por exemplo.