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Brasileiro larga em último na final do Mundial de pôquer em Las Vegas

José Ricardo Leite

Do UOL, em São Paulo

10/11/2014 06h00

Bruno Foster Politano já fez história ao ser o primeiro brasileiro a chegar à grande decisão do World Series of Poker, evento com status de maior grandeza e semelhante a um Mundial de pôquer de Texas Holdem. Mas, para arrematar o título e embolsar os US$ 10 milhões (R$ 25 milhões) reservados ao campeão, terá que se superar: Foster começa o torneio em desvantagem.

O paulista radicado cearense de 31 anos chegou até o evento decisivo, que será disputado nesta segunda a partir das 23h de Brasília (com os nove finalistas) e terça (com os últimos dois que restarem na decisão) em Las Vegas, após sobreviver a uma bateria de sete dias em julho, também na cidade americana, em que 6.800 pessoas começaram com o sonho.

Bruno chegou como o nono classificado, o último entre os finalistas. Por isso, começará o jogo com a menor quantidade de fichas (12.125.000), no chamado “chip count”. O jogador que se classificou em primeiro e sai na “pole” da final é o holandês Jorryt van Hoof, com 38.375.000. Será campeão aquele jogador que terminar com mais fichas na mão.

A situação adversa logo no início, no entanto, pode não ser uma grande preocupação. A diferença no chip count do nono para o líder nunca foi tão pequena na história da final do torneio.

“Claro que quem sai com mais fichas está em uma melhor situação. Mas essa disputa, particularmente, está muito parelha. Não dá para dizer que alguém está com poucas fichas na mãos. Se ele conseguir dobrá-las no começo pode até ir rapidamente para as três primeiras colocações. As chances de todos estão parecidas”, opinou Sergio Prado, blogueiro e comentarista de pôquer dos canais ESPN.

Segundo a assessoria de Bruno, cerca de 100 brasileiros saíram do país rumo a Las Vegas para acompanhar a grande decisão. Eles se somarão a outros que vivem no local, e a expectativa de grande número de torcedores do país é alta.

E torcida a favor no pôquer pode até fazer a diferença, segundo especialistas. “Ele tem esse fator importante a favor que é a torcida. Os brasileiros vão ficar loucos lá e tem muito brasileiro. Pôquer é um jogo que tem que estar com cabeça boa e raciocínio 100% para não tomar decisões erradas. E o apoio dos fãs deixa a pessoa mais tranquila e relaxada para jogar. Comparo como tênis em que ponto a ponto o cara tem que ficar focado e concentrado. E com a torcida a favor, é melhor”, opinou Sérgio.