Ministério do Esporte dá bolsa atleta a nadador flagrado no doping
O Diário Oficial da União trouxe em sua edição de quinta-feira, 5, o nome do nadador João Gomes Júnior como um dos beneficiários do programa Bolsa Pódio do governo federal. Mas o atleta foi flagrado em exame antidoping antes do Mundial de piscina curta, realizado em dezembro, em Doha, no Qatar.
O caso foi divulgado de forma extra-oficial em 19 de janeiro. A Fina (sigla em inglês para federação internacional de natação) e CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) não informaram qual substância foi encontrada na urina de Júnior. A única informação é de que tratava-se de um diurético, comumente utilizado para mascarar o uso de substâncias que ajudem na performance do atleta. Data do julgamento ainda não foi divulgada.
A CBDA já colocou o advogado Marcelo Franklin para defender Júnior.
Até que haja o julgamento, o nadador poderá receber os R$ 5 mil mensais a que tem direito pelo Bolsa Pódio, do qual é beneficiário desde 2013. O programa foi criado para apoiar diretamente atletas com chances de medalhas nos Jogos do Rio-2016, e conta com 235 contemplados no esporte olímpico e paraolímpico.
“O ministério precisa esperar a decisão sobre eventual punição ao atleta. De acordo com a Lei 10.891 – alterada pela Lei 13.051 –, o atleta sofrerá punição apenas se estiver cumprindo penalidade/suspensão imposta por tribunal de justiça, em sentença transitada em julgado [quando não houver mais possibilidade de recursos judiciais]”, explicou o Ministério do Esporte. A assessoria da pasta disse que não foi comunicado pela CBDA sobre o doping e que o atleta não recebeu nenhuma parcela desde o anúncio extra-oficial do caso.
O Brasil corre o risco de perder todas as medalhas que Júnior disputou em Doha. Ele integrou os revezamentos 4x50 m medley, 4x100m medley e 4x50m medley misto. Em todos, o país conquistou o ouro. Se o atleta for considerado culpado e acabar punido, o país perderás as três medalhas, ainda que ele tenha feito parte do time apenas nas eliminatórias. Desta maneira, o Brasil perderia também o título da competição.
Já houve casos de atletas que receberam os repasses da bolsa mesmo após sancionado por doping, mas teve de devolver o dinheiro recebido quando o ministério obteve a confirmação da suspensão pelo uso de substância proibida.
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