Ciclista arrastado por caminhão ficou paraplégico e completou uma maratona

Decatleta campeão no colegial e ciclista apaixonado. Dennis McGorty ama o esporte, mas foi praticando sua atividade preferida que um acidente mudou sua vida. Atropelado e arrastado por um caminhão há dois anos enquanto pedalava, esse americano de 39 anos por pouco não morreu. Sobreviveu ao grave acidente e ficou paraplégico. Dois anos depois, completou a Maratona de Nova York em uma bicicleta adaptada.

Um caminhão derrubou McGorty e o arrastou por 15 metros, numa tarde de segunda-feira, em 2013. O resgate precisou de ferramentas para tirá-lo da estrutura do caminhão. Foram três meses imobilizado em uma cama de hospital.

“A verdade é que eu sobrevivi a algo que não dá para sobreviver. Infelizmente, perdi o movimento das pernas. Quando finalmente cheguei em casa depois de tanto tempo no hospital, eu estava desanimado, para baixo. Então meu filho de cinco anos se aproximou e disse: ‘vamos, papai, vamos!’. Minha filha de três anos repetiu isso. Eles não desistiram de mim, por isso não desisto de nada”, contou McGorty.

Andar em uma bicicleta comum não era mais possível para esse americano. Mas depois de um ano e meio de fisioterapia, ele queria voltar a pedalar. Conheceu a fundação que leva o nome de Cristopher Reeve, o ator que interpretou o Super-Homem e ficou tetraplégico em 1995 ao cair de um cavalo.

A fundação comanda pesquisas para vítimas de lesões na medula e ajuda a melhorar a qualidade de vida dessas pessoas e suas famílias. Foi então que McGorty teve contato com as bicicletas adaptadas. A única viável para sua condição física é uma bicicleta em que ele fica quase deitado, com as costas próximas do chão, e pedala com as mãos.

Não é possível fazer curvas muito fechadas e a visibilidade é ruim - é necessário olhar pelas laterais. Os amigos ciclistas de McGorty o ajudam com orientações sobre o melhor caminho. E após dois meses treinando com uma bicicleta assim, o americano de 39 anos completou a Maratona de Nova York no último fim de semana. Foi o 11º colocado de sua categoria, que contava com 75 participantes. Mas sua vitória não é calculável em posições no pódio.

“A maratona me deu uma razão para voltar ao esporte que amo, mesmo que de uma forma diferente. E ao mesmo tempo eu posso aumentar a consciência para o avanço de uma cura para a paralisia”, resumiu McGorty.